quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

DOCUMENTOS: Tribunal do Santo Ofício – LEBUÇÃO 4.ª Parte

Por Leonel Salvado




DOCUMENTOS: sinopses dos 12 (13) restantes processos, de um total de 32-34, que analisei e que decorreram no Tribunal do Santo Ofício, respeitantes a naturais e/ou moradores da freguesia de Lebução, a grande maioria deles decorrentes na segunda década da segunda metade do século XVII, o último dos quais pode ser consultado, na totalidade, em representação digital disponibilizada pela ANTT.


PROCESSO DE ANTÓNIA HENRIQUES
Datas de produção: 1662-09-02 a 1664-10-26

Antónia Henriques, CRISTÃ-NOVA, natural de Verín, Galiza - Espanha, moradora em LEBUÇÃO, bispado de Miranda, filha de António Fernandes, tratante, e de Antónia Rodrigues, solteira, acusado de culpas de JUDAÍSMO, HERESIA e APOSTASIA, apresentada em 23/09/1662, foi sentenciado e levado a Auto de Fé em 26/10/1664.
Ouvida, foi-lhe passado termo de segredo e dada licença para se ir em 1662-09-09; notificada, apresentou-se, pela 2ª vez, em 1663-08-20; mais tarde foi reconciliada; foi-lhe passado termo de soltura e segredo em 1664-11-01; em 1664-11-15, foi-lhe dada licença para se ir.
Cota actual: Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra – processo 4933.


PROCESSO DE MARIA MENDES
Datas de produção: 16/05/27-26/10/1664

Maria Mendes, ¼ de CRISTÃ-NOVA, natural de LEBUÇÃO, termo de Monforte de Rio Livre, Bispado de Miranda, moradora no mesmo lugar, filha de António Pires, lavrador, e de Guimar Mendes, solteira, acusada e culpas de JUDAÍSMO, HERESIA e APOSTASIA, foi presa em 19/07/1662, sentenciada 26/10/1664 e realizado Auto de Fé. A RÉ FALECERA NOS CÁRCARES DO SNTO OFÍCIO EM 27-05-1664.
Cota actual: Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra, processo 5665.


PROCESSO DE JOÃO LOPES DIAS
Datas de produção: 1662-07-05 a 1662-07-09

João Lopes Dias, CRISTÃO-NOVO, mercador, natural de Sambade, Alfândega - Arcebispado de Braga, morador em LEBUÇÃO, termo de Monforte de Rio Livre – Bispado de Miranda, filho de André Lopes dias, mercador, e de Brites de Leão, casado com Helena Correia, acusado de culpas de JUDAÍSMO, HERESIA e APOSTASIA apresentado a 5/07/1662, preso a 8/7/1662, foi sentenciado a 9/07/1662 com Auto de Fé na mesma data. Foi-lhe passado termo de soltura e segredo em 10-07-1662. Fez mais confissão em 24-07-1662 e foi-lhe passado termo de ida em 29-07-1667.
Cota actual: Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra, processo 6346.


PROCESSO DE CLARA CORREIA
Datas de produção: 16/05/28 – 26/05/1669

Clara Correia, CRISTÃ-NOVA, natural de LEBUÇÃO, termo de Monforte de Rio Livre – Bispado de Miranda, moradora no mesmo lugar, com cerca de 30 anos de idade, filha de António Correia, mercador, e de Antónia Cardoso, solteira, acusada de culpas de JUDAÍSMO, HERESIA e APOSTASIA apresentada em 11/04/1669, foi sentenciada em 26/05/1669 com Auto de Fé na mesma data. Foi-lhe passado termo de soltura e segredo em 28-05-1669.
Cota actual: Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra, processo 6493.


PROCESSO DE RAFAEL JOSÉ PIMENTEL
Datas de produção: //1753 – 24/01/1753

Rafael José Pimentel, CRISTÃO-NOVO, homem de negócio, natural de Rebordelo – Bispado de Miranda, morador em LEBUÇÃO, do mesmo Bispado, com cerca de 37 anos de idade, filho de João Pimentel, homem de negócio, e de Maria Nunes, casado com Florinda Rosa, a Matilde, ou Florinda Rosa Matilde, acusado de culpas de JUDAÍSMO, HERESIA e APOSTASIA, apresentado em 24/01/1753, preso a 11/05/1753 foi sentenciado e foi a Auto de Fé no mesmo ano, em dia e mês não determinados. O réu apresentou-se após notificação; mais tarde foi preso e reconciliado; foram-lhe passados termos de soltura e segredo em data indeterminada e de ida e penitência em dia indeterminado do mês de Agosto de 1753.
Cota actual: Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra, processo 7869.


PROCESSO DE HELENA CORREIA             
Datas de produção: 1662-07-09 a 1662-07-29

Helena Correia, CRISTÃ-NOVA, natural de Vila Flor – Arcebispado de Braga, moradora em LEBUÇÃO, termo de Monforte de Rio Livre – Bispado de Miranda, filha de Pedro Dias de Mesquita, médico, e de Violante Henriques, casada com João Lopes Dias, mercador, acusada de culpas de JUDAÍSMO, HERESIA e APOSTASIA,  apresentada em 03/07/1662 foi sentenciada e levada a Auto de Fé em 09/07/1662. Foi passado à ré termo de soltura e segredo em 1662-07-01; em 1662-07-29, foi-lhe dada licença para se ir.
Cota actual: Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra, processo 7869.


PROCESSO DE HELENA CORREIA
Datas de produção:  1669-09-09 a 1673-03-26

Helena Correia, CRISTÃ-NOVA, natural de LEBUÇÃO, termo de Monforte de Rio Livre – Arcebispado de Braga, moradora no mesmo lugar, de 44 anos de idade, filha de António Correia, mercador, e de Antónia Cardoso, casada com Manuel de Campos, mercador, acusada de culpas de JUDAÍSMO, HERESIA e APOSTASIA apresentada em 09/09/1669, foi sentenciada e leva a Auto de Fé em 12/03/1673. A ré, quando se apresentou tinha 40 anos de idade; ouvida, foi-lhe dada, no dia seguinte, licença para se ir para a sua terra (Lebução, Monforte de Rio Livre); foi reconciliada; foram-lhe passados termos de soltura e segredo e de ida em 1673-03-26.
Cota actual: Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra, processo 9186.


PROCESSO DE JOSEFA DA COSTA
Datas de produção: 1662-06-03 a 1664-11-08

Josefa da Costa, ½ CRISTÃ-NOVA, natural de LEBUÇÃO, termo de Monforte de Rio Livre – Bispado de Miranda, moradora no mesmo lugar, filha de Baltasar da Costa, almocreve, e de Isabel Mendes, solteira, acusada de culpas de JUDAÍSMO, HERESIA e APOSTASIA, presa a 03/06/1662 foi sentenciada e levada a Auto de Fé a 26/10/1664. Foram passados à ré termo de soltura e segredo em 1664-11-08 e de ida em 1664-[11]-15.
 Cota actual: Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra, processo 9286.


PROCESSO DE ALEXANDRE JOSÉ DA COSTA
Datas descritivas: 13/11/1752

Alexandre José da Costa ou Alexandre da Costa, CRISTÃO-NOVO, sem ofício, natural de LEBUÇÃO, Bispado de Miranda, morador em Anelhe, termo de Chaves – Arcebispado de Braga, filho de Baltasar Cardoso, homem de negócio, e de Teresa Maria de Campos Pereira, casado com Brites Maria Caetano, acusado de culpas de JUDAÍSMO, HERESIA e APOSTASIA, apresentado em 13/11/1752. O réus apresentou-se, foi ouvido e 2 dias depois, teve licença para ir para a sua terra (Anelhe, Chaves); no fim do processo, que não tem sentença, há uma carta, em que o réu diz ter mais culpas que confessar.
Cota actual: Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra, processo 9868.


PROCESSOS DE JOÃO LOPES DIAS e MANUEL DA FONSECA
Datas de produção: 1660-09-22 a 1661-01-18

João Lopes Dias e Manuel da Fonseca, CRISTÃOS-NOVOS, naturalidades e profissões indeterminadas, moradores em LEBUÇÃO, casados, nome dos cônjuges desconhecidos, foram acusados de culpas de IMPEDIR O RECTO MINISTÉRIO DO SANTO OFÍCIO e FAUTORIA DE HEREGES (cristãos-novos). Os processos constam apenas de interrogatórios de testemunha contra os réus (João Lopes Dias e de Manuel da Fonseca); é um sumário dos passadores de Lebução; 1ªa data: 1660-09-22; última data: 1661-01-18.
Cota actual: Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra, processo 9935.


PROCESSO DE BRÁS CARDOSO
Datas descritivas: //-11/04/1669

Brás Cardoso, CRISTÃO-NOVO, mercador, de 42 anos de idade, natural de LEBUÇÃO, termo e Monforte de Rio Livre – Bispado de Miranda, morador no mesmo lugar, filho de António Correia, mercador, e de Antónia Cardoso, solteiro, acusado de culpas de JUDAÍSMO, HERESIA e APOSTASIA, apresentado em [11]/[04]/[1669], foi sentenciado e levado a Auto de Fé em data(s) indeterminada(s). O réu apresentou-se voluntariamente. Não se conseguem ler as datas da publicação da sentença e do Auto de Fé, do termo de [soltura e segredo] e do termo em como lhe foi levantado o cárcere.
Cota actual: Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra, processo 10095.


PROCESSO DE CATARINA CORREIA
Datas de produção: 1669-04-11 a 1669-05-26

Catarina Correia, CRISTÃ-NOVA, natural de LEBUÇÃO, termo de Monforte de Rio Livre – [Bispado de Miranda], moradora no mesmo lugar, filha de António Correira, mercador e de Antónia Cardoso, solteira, acusada de culpas de JUDAÍSMO, HERESIA e APOSTASIA, apresentada em 11/04/1669, foi sentenciada e lavada a Auto de Fé em 26/05/1669. A ré apresentou-se voluntariamente; esteve em Castela, em Leão e na Galiza.
 Cota actual: Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra, processo 10489.


PROCESSO DE MARIA ROSA LUÍSA DE CAMPOS
Datas de produção:  1752-07-20 [?] – 1754-05-25 [?].

Maria Rosa Luísa de Campos, CRISTÃ-NOVA, com 30 anos de idade, natural de LEBUÇÃO, [termo de Monforte de Rio Livre] – Bispado de Miranda, moradora em Lisboa, filha de Baltasar Mendes Cardoso, cristão-novo, homem de noegócio, e de Teresa Maria de Campos, cristã-nova, casada com Francisco Rodrigues Álvares, homem de negócio, acusada de culpas de JUDAÍSMO, presa em 02/07/1752, foi sentenciada e levada a Auto de Fé privado em 19/05/1754. [Sentença]: Confisco de bens, abjuração em forma, cárcere e hábito penitencial a arbítrio dos inquisidores, instrução na fé católica, penitências espirituais.
Cota actual: Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra, processo 11235.

Fonte: http://digitarq.dagarq.gov.pt


Para aceder ao processo completo de Maria Rosa Luísa de Campos disponível em versão digitalizada no ANTT, clique na imagem (acesso por vezes condicionado!).


TERMINA LEBUÇÃO                                       REGRESSAR AO MENÚ

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