domingo, 31 de outubro de 2010

Ecos da participação trasmontana na 1ª Guerra Mundial


Cemitério Militar Português de Richebourg onde estão sepultados 1884 militares mortos na 1ª Guerra Mundial 
A Primeira Guerra Mundial

No estado actual da memória colectiva da sociedade ocidental e, em particular da sociedade portuguesa, o holocausto nazi, as perdas humanas e materiais da 2ª Guerra Mundial, a guerra colonial e a repressão do Estado Novo, são os lugares-comuns, diria mesmo, forçando a expressão, os mais comuns, no âmbito dos mais violentos e brutais males cometidos pelo Homem e pelos regimes políticos durante as últimas duas centúrias. O genocídio praticado pela Turquia contra os Arménios, o brutal número de vítimas do regime estalinista ou, ainda mais recentemente, os iguais crimes contra a Humanidade cometidos no Ruanda, são raramente invocados. Claro que esta situação tem a ver, sobretudo nos dois primeiros casos, com a premeditada política de isolamento adoptada respectivos estados e o consequente alheamento ou até o próprio desinteresse da sociedade ocidental a respeito do que aí se passava. Situação bem diferente é a que explica a vaga memória que se guarda em Portugal relativamente ao seu envolvimento na 1ª Guerra Mundial, e esta só pode, a meu ver, ser explicada por razões que se prendem com as próprias circunstâncias da subsequente evolução política portuguesa de mais de meio século. Esse acontecimento de “má memória”, favorecido por um regime da mesma sorte, que por escasso tempo lhe sobreviveu, seria doravante recalcado pelas sucessivas ditaduras e particularmente pelo exacerbado sentimento de orgulho patriótico que o Estado Novo acalentou. Nestas quase quatro décadas de democracia têm-se notado alguns esforços no sentido de resgatar para a História a memória dos portugueses que tombaram na Flandres ou regressaram estropiados das terríficas trincheiras. Alguns meios de comunicação social vêm assumido um papel relevante nessa missão e o mesmo se diga do Ministério da Educação e de um número considerável de Escolas que aderiram ao Programa de Actividades para as Comemorações do I Centenário da República.

619.º Aniversário do nascimento de D. Duarte, rei de Portugal



D. Duarte I de Portugal (Viseu, 31 de Outubro de 1391 – Tomar, 9 de Setembro de 1438) foi o décimo-primeiro Rei de Portugal, cognominado o Eloquente ou o Rei-Filósofo pelo seu interesse pela cultura e pelas obras que escreveu. Filho de D. João I de Portugal e D. Filipa de Lencastre, como primogénito da ínclita geração desde cedo foi preparado para reinar. Em 1433 sucedeu a seu pai e num curto reinado de cinco anos deu continuidade à política exploração marítima e de conquistas em África: o seu irmão Henrique estabeleceu-se em Sagres, de onde dirigiu as primeiras navegações e em 1434 Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador. Numa campanha mal sucedida a Tânger o seu irmão D. Fernando foi capturado e morreu em cativeiro. D. Duarte interessou-se pela cultura e escreveu várias obras, como o Leal Conselheiro e o Livro da Ensinança de Bem Cavalgar Toda Sela. Preparava uma revisão da legislação portuguesa quando morreu, vitimado pela peste.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Duarte_I_de_Portugal
Imagem: Id


Para mais pormenores biográficos de D. Duarte, clique AQUI.

665.º Aniversário do nascimento de D. Fernando, rei de Portugal

D. Fernando I de Portugal, nono rei de Portugal, (Lisboa, 31 de Outubro de 1345 - 22 de Outubro de 1383). Era filho do rei D. Pedro I de Portugal e sua mulher, a princesa D. Constança de Castela. D. Fernando sucedeu a seu pai em 1367 e morreu a 22 de Outubro de 1383. Foi cognominado O Formoso ou O Belo (pela beleza física que inúmeras fontes atestam) e, alternativamente, como O Inconsciente ou O Inconstante (devido à sua desastrosa política externa que ditou três guerras com a vizinha Castela, e até o perigo, após a sua morte, de o trono recair em mãos estrangeiras).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_I_de_Portugal
Imagem: Idem

Para mais pormenores biográficos de D. Fernando, clique AQUI.

670 anos da Batalha do Salado

Batalha do Salado, numa aguarela de Roque Gameiro
Comemorou-se ontem, o 670.º Aniversário da Batalha do Salado, que é considerada por portugueses e espanhóis como a mais decisiva das grandes batalhas da Reconquista Cristã na Península Ibérica.

“Batalha que se travou nas margens do riacho do mesmo nome, na província de Cádis, em 30 de Outubro de 1340, entre os exércitos dos reis cristãos da Península e os muçulmanos, com desfecho favorável aos primeiros. Terá sido um dos episódios mais importantes da Reconquista. O poeta Luís de Camões fez desta batalha um relato que constitui uma das mais belas passagens de Os Lusíadas.
Os antecedentes da Batalha do Salado começam em 1339, quando o rei muçulmano de Granada invade Gibraltar e assola os territórios cristãos do sul da Península. No ano seguinte, o rei de Marrocos atravessou o estreito com uma frota de 100 navios e entrou vitorioso em Espanha. Para fazer face à prossecução da ameaça muçulmana para norte, D. Afonso XI de Castela pediu ajuda ao sogro, D. Afonso IV, por intermédio da sua esposa D. Maria.
Os dois reis cristãos, anteriores inimigos, conseguiram uma vitória completa graças a uma excelente táctica de combate e boa distribuição das tropas. Após a derrota, o rei de Marrocos fugiu para Algeciras, de onde regressou ao seu reino, e o rei granadino recuou para o seu território.
Graças à vitória cristã nesta batalha travaram-se definitivamente as tentativas de Reconquista da Península pelos muçulmanos. O reino de Granada manteve-se por mais 150 anos mas sem ser uma ameaça efectiva para os reinos cristãos”.

In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-10-30].
Disponível na www: .
Imagem: http://roquegameiro.com.sapo.pt/TP%200%200%20Alfredo/TP00%20QuadrosHP.html

Veja o videoclip que pretende ser uma recriação de pormenores alusivos à Batalha do Salado




sábado, 30 de outubro de 2010

Memorial da “Terra Mágica”- LM, Moçambique II

Maputo-Cidade viva
Por Aurélio Terra, 8 de Fevereiro de 2010



Começa bem cedo o dia, em Maputo. Assinala o relógio as 5h30 e percebe-se logo que a cidade vai encher. Oriundo de todos os quadrantes, como formiguinhas seguindo o seu carreiro, “desagua” na Capital, gente com os mais diversos fins.
Num ápice a memória se socorreu de lembranças passadas, fazendo-me recordar que nos meus tempos de estudante, naquela terra, acordava bem cedo para estar a horas na escola, onde às 7h15 começavam as tarefas escolares.
Os acessos rodoviários à cidade de Maputo, congestionam-se. Os “chapas” (1) não têm rodas a medir. Vão e vêm repletos de gente, que se comprime para criar, sempre, um lugar para mais um. Parecem não ter paragens muito definidas. Sempre que há gente para entrar ou sair, a paragem faz-se. A utilidade deste meio de transporte é inquestionável, embora os padrões de segurança sejam letra morta.
Para a Catembe, partem apinhados de gente, os “ferryboats”. Saem a toda a hora. O serviço é contínuo. È partir, chegar e voltar a partir. Não há pausas.
As ruas de Maputo, em pouco tempo, conhecem uma multidão numerosa e compacta. É gente que vende, gente que compra, gente que passeia, e gente que não dispensa um “bom dia” à prazenteira terra, mesmo que seja apenas para dedicar parte do seu tempo à “Bula Bula” (2).
Ao fim do dia, e com a noite instalada, olhava para a cidade a partir da varanda do hotel. Impressionante a velocidade a que a cidade se tinha despedido da sua gente. Não descortinava uma viva alma. Parecia mesmo que alguém tinha tirado o tampão da cidade e que por aí se tinha escoado a povoação. Puro engano! Na zona do Zambi e da Polana os restaurantes dignos desse nome estavam quase a rebentar pelas costuras. Nas mesas, gente de todos os feitios e cores parecia estar a começar o seu dia, tal era a vivacidade com que trocavam dois dedos (seriam mais) de conversa, enquanto davam ao marisco acompanhado duma Laurentina, preta ou dourada, o destino que lhe foi traçado, a partir do momento em que consultaram a ementa.
Claro que não se come só marisco, nem se serve de bebida apenas cerveja. Os amantes de uma boa carne também não ficam decepcionados, mesmo que queiram acompanhá-la com um bom vinho português. Neste caso, terão que puxar um pouco pelos cordões à bolsa. Há sempre a alternativa dos vinhos sul-africanos, que castigando menos a carteira, também apresentam uma apreciável qualidade.
Na zona da boa restauração, onde se vive com intensidade o último terço do dia, é sempre bom ver, a presença de forças de segurança, quer privadas quer públicas.
E no fim do dia, pensava para mim, que isto de se ser Africano (de nascença ou de coração) é uma forma muito própria de se estar na vida, mais do que o próprio facto de se ter nascido naquele continente.
Que bom foi reencontrar Maputo cheio de vida!

(1) mercado paralelo de transportes rodoviários semi-colectivos, em média com uma capacidade para 12 pessoas, explorados por privados
(2)do tsonga significa conversar

In http://terramagica-terra.blogspot.com/

Carta Arqueológica do Concelho de Valpaços – 1

Por Adérito Medeiros Freitas, Junho de 2001
Esta laboriosa iniciativa de transcrição e reprodução de fotos e esquemas do extraordinário trabalho realizado pelo Dr. Adérito Medeiros Freitas, assim divulgado através da Internet é dedicada a todos os valpacenses e portugueses interessados nesta temática, mas em especial aos valpacenses que se encontram deslocados há longa data da sua freguesia natal, bem como aos seus descendentes.

FREGUESIA DE ÁGUA REVÉS E CRASTO

TRANSCRIÇÃO E REPRODUÇÃO AUTORIZADAS PELO AUTOR
Transcrição e reprodução integral
(clique para aumentar)
“Povoação e freguesia do Concelho e comarca de Valpaços e diocese de Vila Real. 1047 h. em 253 fogos (1950).
Orago: S. Bartolomeu.
Foi Vila e tem foral concedido por D. Manuel em 12.11.1519”
Enciclopédia Verbo, Vol. 1, pág. 753

Compõem esta freguesia, as povoações de Água Revés (sede), Crasto, Fonte Mercê e Brunhais.

O significado e a importância da História

Por Micael Sousa, 28 de Outubro de 2009

A Escola de Atenas (Academia de Platão), por Rafael 
Desde há algum tempo que me questionava sobre o significado da palavra “História”, mas nunca tinha pensado seriamente nisso ao ponto de fazer uma pesquisa nesse sentido. Enquanto estava a folhear um atlas de História bem simpático e muito bem ilustrado, o livro “Grande Enciclopédia da História” da editora Livraria Civilização Editora, deparei-me com a explicação que sempre me suscitou curiosidade. Numa dessas páginas perdidas estava escrito que História em Grego arcaico significava “Investigação Racional”, dando assim uma dimensão muito mais abrangente ao que hoje se entende pelo estudo da História. Eu diria que o conceito original é quase comparado ao da “Ciência” actual. Terá sido então a História a precursora da ciência e não a Filosofia? Será por isso que existe uma Musa para a História (Clio) e não uma para a Filosofia (entendia-se que somente as grandes artes e ciências tinham uma musa em sua consagração)?
Na minha opinião, a ausência de musa para a filosofia talvez tenha acontecido pelo simples facto de a filosofia só se ter definido como “o gosto pela sabedoria” posteriormente à criação das 9 musas, não se devendo tirar daí grandes elações. Penso que a “Ciência” nasceu de uma série de conhecimentos e vontades humanas. Esta explicação que apresento é apenas uma especulação, sem grande investigação ou comprovação que a sustente. O principal objectivo é mesmo levantar questões.
Com este texto pretendia também tentar comprovar a importância da História, quer pela influência que teve na génese do saber Ocidental quer pela sua importância actual, embora por vezes imperceptível. Isto porque, sempre que fazemos uma qualquer investigação sobre um qualquer assunto ou tema, acabamos por recorrer à Historia na aquisição das bases desse próprio conhecimento. Ou seja, quando queremos aprender a somar temos, à partida, de ter o conhecimento da existência dos números, conhecimento este exclusivamente adquirido através do estudo da História da Matemática. Pois a invenção ou descoberta deles faz parte da História dessa Ciência, embora não o aprendamos conscientes de que estamos a recorrer da História. História não é só História Social, essa é simplesmente a mais famosa devido a muitos factores, por exemplo, devido às grandes individualidades e acontecimentos que ainda hoje influenciam e definem o modo como vivemos e nos comportamos.
Com isto, a História é ou não importante? Mesmo esquecendo aqueles chavões: “sem conhecer o Passado não podemos compreender o Presente e planear o Futuro”.

In http://abuscapelasabedoria.blogspot.com/2009/10/histori-qual-o-significado-e.html
Imagem: Id

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Homem das cavernas tinha sentimentos

Pesquisa revela que Neanderthal sentia compaixão por companheiros
Arqueologistas da Universidade de York desmentiram a reputação primitiva dos Neanderthais ao descobrir provas de que, na realidade, eles nutriam um profundo sentimento de compaixão.
Através de evidências arqueológicas, o pesquisadores examinaram primeiro o modo como as emoções emergiram em nossos antepassado seis milhões de anos atrás, quando o ancestral comum dos homens e dos chipanzés vivenciou o despertar dos primeiros sentimentos. Eram eles empatia em relação a outros animais e motivação para ajudá-los, ilustrados por gestos como, por exemplo, mover um galho para que passassem.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A Carta Arqueológica do concelho de Valpaços – 0

O Património Arqueológico do concelho

A questão relativa à diversidade do património arqueológico do concelho de Valpaços, e do seu potencial valor com vista à obtenção de mais-valias por via de um adequado plano regional de exploração turística tem sido abordada, nos últimos tempos com grande optimismo, e muito bem, face à dura realidade conjuntural económica e financeira a que, a maior parte das pessoas se tem rendido. Perante o incontestável subaproveitamento de todo esse potencial, devo reconhecer que o Clube de História de Valpaços tem assumido uma postura meramente contemplativa, ao contrário de outros blogues locais que têm, com todo o mérito, favorecido válidas discussões de carácter interventivo, com sugestões que não serão de descartar, de modo a poder retirar-se todo o proveito possível do património histórico e arqueológico do concelho, como é o caso de “Lebução de Valpaços”.

De momento, o “Clube de História de Valpaços” manter-se-á fiel ao objectivo primordial para o qual foi criado que é o de contribuir, a muito custo acredite-se, para a divulgação desse património, com a maior objectividade e imparcialidade possíveis, divulgação essa dirigida prioritariamente aos valpacenses das várias gerações e das várias freguesias, por forma a obter da maior parte deles o necessário reconhecimento do real valor desse mesmo património que lhes pertence. Tenho a firme convicção, por constatação pessoal decorrente do exercício das minhas funções docentes, de que esse reconhecimento, por parte das gerações mais jovens que vivem no concelho se encontra muito aquém do que seria desejável e arrisco-me a insinuar que o mesmo deve passar-se com uma grande parte de valpacenses das gerações menos jovens, não obstante os esforços dispendidos pela autarquia em conjugação com notáveis trabalhos publicados por alguns investigadores acerca dessa matéria. Acresce ainda o facto de uma considerável porção dos nossos seguidores não valpacenses, igualmente interessados na realidade histórica e arqueológica do concelho desconhecerem ou não disporem das melhores condições para a aquisição dos recursos bibliográficos à disposição do público.

A Carta Arqueológica

É por essas razões que decidi divulgar, através do Clube de História de Valpaços, a Carta Arqueológica do concelho de Valpaços, da autoria do Dr. Adérito Medeiros Freitas, que continua a ser o melhor trabalho de pesquisa e divulgação do património arqueológico regional jamais publicado, apesar dos seus já perto de 10 anos de existência, desde a sua primeira edição; Esta obra foi antecedida por trabalhos de investigação arqueológica financiados, tal como ela própria, pela Câmara Municipal e realizados durante uma década, desde Junho de 1987. Apesar de o próprio autor tê-la considerado na data da sua publicação como «um trabalho ainda incompleto», tendo em conta, também na expressão do autor, que das 31 freguesias ainda não havia sido inventariada qualquer indício de interesse arqueológico em 10 delas, mantém-se, em minha opinião bastante actualizada. Não obstante as novas descobertas, pesquisas e estudos realizadas pelo mesmo autor e por outros entusiastas investigadores durante a última década, ela continua a ser um referencial indispensável na matéria que contempla. Aos valpacenses que ainda não a tenham lido ou adquirido, recomendamos que o façam. Pensando em todos os portugueses, e particularmente nos que vivem noutras regiões do país, em outros países ou continentes e estejam interessados em conhecer a Carta Arqueológica do Concelho de Valpaços, vamos fazer, a partir desta data, uma transcrição e reprodução do seu teor, obedecendo ao mesmo critério de descrição por freguesias e por ordem alfabética, já a partir da próxima publicação. Hoje limitar-nos-emos a apresentar o mapa geral que tem servido de sinopse (certamente incompleto) dos monumentos histórico-arqueológicos do concelho que o autor optou por colocar no final da obra.

Clique sobre o mapa para o aumentar

Fonte: FREITAS, Adérito Medeiros, Concelho de Valpaços, Carta Arqueológica, C.M. de Valpaços, Julho 2001

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Um português na Tailândia na investigação histórica sobre a presença portuguesa

José Gomes Martins é português e vive na Tailândia há 15 anos. É representante do ICEP, funcionário da Embaixada de Portugal em Bangkok e correspondente da Agência Lusa.

Autor de várias reportagens para diversos órgãos de comunicação social e colaborador na realização de filmes sobre Portugal na Ásia, José Gomes Martins tem uma vastíssima biblioteca sobre a presença de Portugal na Ásia, referência incontornável para quem deseje realizar um trabalho sério na Tailândia e tem dispensado grande parte da sua vida na investigação histórica da presença dos portugueses na Ásia.

In “Portugal em linha, Legado Português, VARANDA do ORIENTE”,
http://www.portugal-linha.pt/legado/voriente/gmartins.html

Para analisar e comentar um dos trabalhos historiográficos deste autor sobre a presença portuguesa na Tailândia e a Ligação do Reino de Sião com o Ocidente clique AQUI:

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A devida cerimónia em homenagem ao Dr. Olímpio Seca, no I Centenário do seu nascimento

Só há algumas horas tivemos conhecimento, através da notícia de José Doutel Coroado publicada ontem, dia 25 de Outubro, no seu blogue Vilarandelo – um dia uma imagem, de que a Junta de Freguesia de Vilarandelo realizou uma cerimónia junto ao busto do Dr. Olímpio dos Santos Seca para comemorar o primeiro centenário do seu nascimento. A cerimónia contou com um comovente discurso proferido pelo Secretário da Junta, António José Garcia Ferreira, em memória da Grandeza deste saudoso conterrâneo dos vilarandelenses. Esta cerimónia contou ainda com a a honrosa presença da esposa, viúva, do homenageado, a Dra. Maria Fernanda da Mota e Castro que foi também, legitimamente, contemplada com sentidas palavras de homenagem da parte do mesmo orador, António José Garcia Ferreira. Apresentamos, de seguida, um breve documentário em vídeo, tal como foi publicado no blogue já mencionado:




Aos leitores eventualmente interessados em visualizar algumas fotos relativas ao mesmo evento sugerimos uma visita ao referido blogue, AQUI.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Memorial da “Terra Mágica”- L.M., Moçambique - I

Alto-Maé
Por Manuel Terra, 19 de Abril de 2010




Na persecução mordaz da nostalgia dos bons velhos tempos, assalta-me a memória um spot publicitário da Rádio Clube de Moçambique que propalava: O Ponto Final é, onde acaba a Central (outra zona da cidade) e começa o Alto-Maé. Sem qualquer alusão gramatical, tratava-se de uma afamada marisqueira localizada no cruzamento da Av. Pinheiro Chagas (Eduardo Mondlane) com a Av. General Machado (Guerra Popular) onde os crustáceos eram cozinhados com mestria e regados com cerveja de palato requintado ou do melhor vinho verde importado. Junto à sua entrada, o olhar espraiava-se pela longa artéria de três faixas de rodagem até ao buliçoso bairro do Alto-Maé, zona de transição das áreas suburbanas para a urbe de cimento. Era um verdadeiro marco no dia-a-dia de LM, dormitório de gente simples, trabalhadora e de sorriso nos lábios. Por algum tempo, os meus pais lá residiram, junto à Casa Bem-Fica, mesmo defronte de um dos mais antigos estabelecimentos de modas, a Casa Fabião (hoje uma dependência bancária). Naquela linha onde fervilhava o comércio, em que tudo se vendia a preços mais acessíveis, crescia a azáfama de um formigueiro humano aparentemente sem destino, mas que rapidamente se descortinava nos mais diversos estabelecimentos e repartições. Gente multicor, que se cruzava ao virar de cada esquina e se movia ao ritmo que aquela terra reclamava. A maioria dos prédios mais altos, apresentavam nas alas laterais, a mais variada publicidade projectada, de inteiro agrado dos seus moradores. Nos seus baixos comerciais, quem já não se lembra da Saratoga, Papelaria Folques, Foto Coimbra desse grande profissional Armindo Afonso, do Cinema Infante (Charlot), passando pelo Restaurante 2024 (ricas bifanas), Pastelaria Paris, as instalações do B.N.U. e da escola primária do bairro. Afinal nada se perdeu, apenas tudo se transformou. O Restaurante Imperial que eu frequentei em comemorações festivas de amigos, era conhecido pelo seu arroz branco acompanhado de longos lagostins, grelhados no melhor carvão do interior e pincelados de um molho especial. Como é agradável citar o Restaurante o Leão d’Ouro que se orgulhava de ser o melhor em todos os pratos onde entrasse o fiel amigo. Na sua explanada encontravam-se instaladas colunas de som, que nos proporcionavam ouvir aos domingos os relatos de futebol, difundidos pela Emissora Nacional, com os golos do Eusébio a serem festejados efusivamente. No término do bairro, ficava o edifício dos correios e no virar para o Largo Albasini o carismático Bazar Rajá, comércio hindu onde vendedores de cofiós na cabeça e mulheres trajando vestes de sari, excediam-se na simpatia acrescentando à venda dos produtos, um “saguate”(pequena lembrança) na sua tradicional sagacidade e arte de bem vender. Era assim o Alto-Maé de outrora, que encantou gerações do meu tempo e que certamente residirá no imaginário de todos aqueles, que nunca puderam voltar.

In http://terramagica-terra.blogspot.com/

domingo, 24 de outubro de 2010

Ciência procura explicar o “milagre de Moisés” descrito no “Livro do Êxodo”


O Diário de Notícias na sua edição de 22 de Setembro de 2010, no Tag Ciência, trouxe a lume uma reportagem sobre uma possível interpretação científica acerca do fenómeno descrito na Bíblia, no Livro do Êxodo, e religiosamente designado como o “milagre da separação das águas” do Mar Vermelho. Trata-se de uma investigação publicada no dia anterior à edição no DN por uma equipa de investigadores do NCARCentro norte-americano para a Pesquisa Atmosférica, baseada em ponderações científicas sobre as probabilidades de ocorrências naturais condizentes com as descrições bíblicas nessa região específica do Mediterrâneo, em testes de simulações por computador e em relatos de fenómenos semelhantes ocorridos no século XIX. A notícia já suscitou acesa polémica da parte dos seus vários comentadores que se dividem entre o incondicional apego à veracidade da interpretação da mensagem religiosa e a absoluta defesa desta novidade científica. Ao que parece, a controvérsia mantém-se acesa e promete, compreeensivelmente, continuar assim. Para uma reflexão com a maior objectividade possível por parte dos nossos leitores (que optarem por continuar a ler este artigo), propus-me contrapor aqui duas interpretações distintas acerca do mesmo fenómeno: a primeira, escolhida aleatoriamente, foi publicada no blogue Igreja Evangelista, Avivamento da Fé, a 5 de Maio de 2010, e a segunda, é a da notícia mencionada em epígrafe.

863.º Aniversário da conquista de Lisboa


O cerco e conquista de Lisboa, por Roque Gameiro
Comemora-se amanhã, dia 25 de Outubro! É geralmente aceite entre os historiadores que a (re)conquista de Lisboa aos mouros por D. Afonso Henriques se consumou na data de 25 de Outubro de 1147, por ter sido então que, após um cerco de três meses, as forças cristãs lograram entrar vitoriosamente nesta cidade, até aí considerada inexpugnável, que em 1255 viria formalmente a tornar-se na capital do reino de Portugal, representando aquela conquista, portanto, uma das datas comemorativas inolvidáveis da História Nacional. As circunstâncias que pesaram sobre a decisão da conquista de Lisboa e os sucessos que são conhecidos acerca do cerco que o tornou possível, constituem um dos episódios mais curiosos de entre os vários gloriosos cometimentos conhecidos de “O Conquistador”.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O “Tesouro de Lebução”


O Tesouro de Lebução é o nome por que ficou conhecido um dos mais valiosos achados arqueológicos ocorridos no concelho de Valpaços e que muito contribuiu para tornar conhecido a nível nacional e internacional o nome da localidade de Lebução, freguesia deste concelho onde por feliz acaso teve lugar esse acontecimento. Trata-se de um valioso espólio da arte metalúrgica proto-histórica, composto por cinco peças em ouro, de extraordinário estado de conservação que formariam um total de cinco exemplares da joalharia dessa época datáveis, com alguma relatividade, da Idade do Bronze. Os objectos encontram-se actualmente expostos na Casa de Sarmento, em Guimarães, que é uma unidade Cultural da Universidade do Minho, criada em 28 de Janeiro de 2002, resultante de uma parceria com a Sociedade Martins Sarmento, fundada em 1881, e a Câmara Municipal de Guimarães e, portanto, esses objectos estão bem longe dos valpacenses e lebuçanenses desde há cerca de 53 anos em resultado de uma doação àquela sociedade instituída pelo eminente arqueólogo que lhe legou a obra e o nome.

O Tesouro de Lebução continua no entanto a ser uma referência patrimonial ciosa e orgulhosamente invocada pelos seus principais legítimos herdeiros, que são os que constituem a comunidade lebuçanense. Parece ter sido com esse justificado sentido de orgulho, mas também com alguma tristeza que, a 25 de Outubro de 2009, Graça Gomes abordou assim este assunto no seu blogue Lebução de Valpaços:

Nos finais do século XIX o nome de Lebução apareceu, subitamente, nas páginas dos jornais. Um achado invulgar (Tesouro de Lebução), veio agitar esta aldeia e transportou o seu nome para o mundo da arte e da cultura. Este «Tesouro», um conjunto de peças de ourivesaria pré-históricas, valiosíssimas sob o ponto de vista artístico e como testemunho de um passado remoto, é constituído por dois torques, duas extremidades de torques e uma armila, esta a mais valiosa.Foi encontrado num terreno de Lebução, quando andavam a prepará-lo para o plantio de uma vinha.O Tesouro de Lebução foi doado à Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães, em 1957, que o possui guardado em cofre bancário, junto com outras jóias de ouro e prata e diversas peças de arte.Lamento, imenso, que à população da minha terra nunca tenha sido dada oportunidade para poder olhar e guardar na memória, uma Jóia que afinal é sua...

In http://lebucaodevalpacos.blogspot.com


Na Casa de Sarmento

Para os valpacenses em geral e a comunidade de Lebução em particular, vamos deixar aqui o conteúdo do catálogo exibido pelo Núcleo de Estudos de Arqueologia e História Local, com as imagens e as informações relativas a cada uma das peças do Tesouro de Lebução que se encontram em exposição na Casa de Sarmento.

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Peça: Torques
Dimensões: [Alt. c. 25 m/m; diâm. c. 150 m/m; desenv. c. 310 m/m, peso c. 150 g.]
Proveniência: Lebução, Chaves
Descrição: Torques de ouro batido, da Idade de Bronze (?). Torques suboval aberto, ligeiramente torto, formado por haste maciça de secção losangular, decorado ao centro com motivos decorativos estilizados em forma de x e v, inseridos num quadrado. Uma das extremidades ainda possui um motivo decorativo em forma de disco muito alongado. Proveniente do Tesouro de Lebução, Chaves. Doação da Família de Ricardo Severo em 1957.

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Peça: Pulseira (armila)
Dimensões: [Alt. c. 75 m/m; diâm. c. 110 m/m; desenv. c. 350 m/m; peso c. 110 g (c. 107,5 g)]
Proveniência: Lebução, Chaves
Descrição: Pulseira (armila) - bracelete mais 10 pedaços, em ouro, da Idade do Bronze (?).Bracelete cilíndrico, canelado horizontalmente e com falhas num dos lados. Tem cinco caneladuras decorados com trabalho cinzelado com motivos geométricos e florais estilizados em diferentes secções. Existem ainda 4 fragmentos, dois grandes (com cerca de 45 mm de comprimento) e dois pequenos (com cerca de 10 mm de comprimento), sendo três decorados com motivos geométricos gravados e outro com o remate do bordo do bracelete. Têm cerca de 0,5 g. Proveniente do Tesouro de Lebução, Chaves. Doação da Família de Ricardo Severo em 1957.

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Peça: Extremidades de torques
Dimensões: [1) Alt. c. 30 m/m; diâm. c. 17 m/m; c. 5 g.; 2) Alt. c. 32 m/m; diâm. c. 20 m/m; c. 5 g. Ligeiramente rachado na carena.]
Proveniência: Lebução, Chaves
Descrição: Extremidades de torques em ouro, da Idade do Bronze (?).Decoração da extremidade de torques, com forma de urna ligeiramente carenada, com decoração no bordo, junto à haste do torques.
Ocos, com um guiso no interior, um som fraco (1) outro com som mais grave (2). Proveniente do Tesouro de Lebução, Chaves. Doação da Família de Ricardo Severo em 1957.



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Peça: Torques
Dimensões: [Alt. c. 35 m/m; comp. c. 165 m/m; larg. c. 125 m/m; desenv. c. 330 m/m; (199 g)]
Proveniência: Lebução, Chaves
Descrição: Torques em ouro, Idade do Bronze (?).Torques com aro semi-circular aberto, aberto, maciço e de secção losangular. Extremidades decoradas com motivo cilíndrico de três arestas, cuja base é decorada com motivos incisos em forma de flor estilizada com cercadura de óvulos. Partido. Talvez já restaurado anteriormente noutros pontos, por soldadura. Proveniente do Tesouro de Lebução, Chaves. Doação da Família de Ricardo Severo em 1957

In http://www.csarmento.uminho.pt

321.º Aniversário do nascimento de D. João V, rei de Portugal


Nasceu a 22 de Outubro de 1689, no Palácio da Ribeira, em Lisboa, sendo baptizado com o nome de João Francisco António José Bento Bernardo de Bragança, e foi o terceiro filho (segundo varão) dos oito filhos legítimos de D. Pedro II e D. Maria Sofia de Neuburgo. Foi jurado príncipe herdeiro no dia 1 de Dezembro de 1697 devido à morte de seu irmão, João de Bragança e Príncipe do Brasil com apenas 17 dias de idade. A 9 de Dezembro de 1706 tornou-se o 25.º rei de Portugal (o 4º da dinastia de Bragança), subindo solenemente ao trono em Dezembro do ano seguinte. Recebeu o cognome de  O Magnânimo ou de O Rei-Sol Português devido à ostentação e luxo que rodeou a corte durante o seu reinado. É por vezes também cognominado de o freirático em atenção à sua apetência sexual por determinadas freiras de cuja relação com duas delas, Madre Paula e Dona Madalena de Miranda resultaram os nascimentos de dois, dos seus seis filhos naturais, D. José de Bragança e D. Gaspar de Bragança, respectivamente, que foram dois dos três “meninos de Palhavã”. Foi detentor de uma vasta cultura obtida desde a sua infância sob a orientação das maiores sumidades culturais da época pertencentes à Companhia de Jesus. Casou a 9 de Julho de 1708 com Maria Ana Joseja, arquiduquesa de Áustria, na catedral de Santo Estevão, em Viena, de quem teve seis filhos, de entre os quais D. José que viria a ser o seiusucessor. D. João V faleceu em Lisboa em 31 de Julho de 1750 e está sepultado no mosteiro de São Vicente de Fora.

Imagem: in http://www.bemhaja.com


Para mais detalhes relacionados com D. João V, consulte a Wikipédia, AQUI.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A respeito dos lagares cavados nas rochas



A 9 de Fevereiro de 2010, Graça Gomes publicava no seu blogue, Lebução de Valpaços, a interessante informação acerca do tema em epígrafe, que é um dos exemplos da profusão de importantes recursos histórico-arqueológicos existentes nas várias freguesias do concelho e estavam a ser estudados por Adérito Medeiros Freitas e integrado na obra que este incansável arqueólogo editou sob o patrocínio da Câmara Municipal de Valpaços com o título “Lagares cavados na Rocha” (a sua décima publicação no concelho de Valpaços). Esta obra foi apresentada no dia 27 de Março, como Sérgio Morais teve o cuidado de anunciar aqui no Clube de História no dia 1 de Abril, um dia depois da data que fora agendada.
No passado Domingo, 17 de Outubro, a mesma Graça Gomes, que nos concedeu a honra de podermos partilhar aqui no Clube de História das suas publicações no Lebução de Valpaços, informava neste blogue que os lagares cavados na rocha foram mais uma vez objecto do interesses e curiosidade de uma equipa científica que em sua companhia de deslocou a uma quinta localizada na freguesia de Santa Valha onde se assinala um considerável repositório desses vestígios arqueológicos.
Passamos a transcrever as duas publicações que se nos afiguram como importantes provas documentais a respeito da representatividade deste “património oculto” do concelho de Valpaços.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A “Noite Sangrenta” e o trágico assassinato de um ilustre Transmontano


Três das vítimas da Noite Sangrenta, Ilustração Portuguesa, in http://litfil.blogspot.com/
Clique sobre a imagem para aumentar.

Perfizeram-se ontem, dia 19 de Outubro, 89 anos sobre a ocorrência deste triste episódio vergonhosamente designado na opinião pública de além-fronteiras da época como uma das «revoluções à portuguesa». Trata-se, para nós, de um acontecimento de relevância histórica, tanto a nível nacional como regional. Surgiu em consequência das fraquezas dos finais da 1ª República, entrecortadas pelas falhadas ditaduras militares de Pimenta de Castro (1915-1917) e de Sidónio Pais (1917-1918), e agravadas pela desastrosa participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial, em que os políticos da “República Velha”, regressando ao funcionamento das instituições democráticas, não foram capazes de evitar a visivelmente crónica instabilidade política, as dificuldades económicas e a agitação social. Da intensificação desta se aproveitou a oposição, solidamente reforçada pela Igreja e pelos grandes proprietários e capitalistas, que favoreceram o recrudescimento de actos de violência para desferir o golpe de misericórdia à agonizante 1ª República. Assim, de um movimento de revolta emergido em Lisboa na manhã do dia 19 de Outubro de 1921 resultou ao fim desse dia um autêntico massacre de eminentes políticos, designadamente António Granjo, que havia sido demitido do cargo de Presidente do Ministério, Machado Santos e José Carlos da Maia, dois históricos da Proclamação da República, o comandante Freitas da Silva, secretário do Ministro da Marinha, e o coronel Botelho de Vasconcelos, antigo apoiante de Sidónio Pais.

Entendemos ser nosso dever recordar este acontecimento justamente em memória de António Granjo, um carismático político de origem flaviense que nele perdeu a vida. Para quem desejar uma Biografia detalhada deste ilustre transmontano que, ao que parece, nunca quebrou os laços que o prediam à sua amada terra natal, Chaves, sugerimos a leitura da que foi publicada por Fernando Ribeiro no seu blogue Chaves, olhares sobre a cidade, bastando clicar AQUI.  

Coube à Produtora David & Golias, no âmbito das Comemorações do Centenário da República, desenvolver um projecto de mini-série para a RTP, confiado ao Realizador Tiago Guedes, com base num guião de Tiago Rodrigues, do qual resultou o filme que visa imortalizar a memória deste triste acontecimento, centrado na viúva de Carlos da Maia. Existe uma sinopse desta mini-série em “ http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/”, que julgamos ter sido emitido por aquele canal nos dias 16 e 17 do corrente mês e do qual apresentamos o seguinte Trailer:

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

“Trás-os-Montes” um filme super-premiado há 33 anos


Trás-os-Montes é um filme português estreado em 1976, premiado em 5 festivais europeus de Cinema e que a 18 de Outubro de 1977 conquistou aquele que foi considerado o seu maior galardão, o “Grande Prémio da XXVI Semana Internacional de Manheim”.

Trata-se de um documentário ficcionado (docuficção) com uma escrita acentuadamente poética e não narrativa. Especificamente, é uma etnoficção: retrata personagens típicas da “Terra Fria”, o nordeste montanhoso de Portugal, inventariando hábitos seculares, num ambiente rural majestoso. É uma das obras representativas do movimento do Novo Cinema e uma das primeiras docuficções portuguesas.

In http://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1s-os-Montes_(filme)

Para mais pormenores sobre este filme Clique Aqui.

domingo, 17 de outubro de 2010

Dia Mundial contra a Pobreza e Exclusão Social


Hoje é o Dia Mundial contra a Pobreza e exclusão Social, uma causa sobre a qual toda a humanidade tem o dever de reflectir e pela qual também cabe a todos os homens e mulheres do mundo lutar, de acordo com as suas possibilidades. Mas estes deveres não se devem limitar a esta data em particular. É por isso que o corrente ano de 2010 foi dedicado pela União Europeia à Luta contra a Pobreza e Exclusão Social e declarado Ano Internacional nesse sentido.
A 17 de Outubro de 2009, a Biblioteca Escolar e Centro de Recursos do Agrupamento de Escolas D. Fernando II, em Sintra, publicou no seu blogue um interessante artigo em homenagem ao significado desta data, esclarecendo as circunstâncias históricas em que ela foi instituída, artigo esse que passaremos a transcrever e que recomendamos a leitura.

"A miséria é obra dos homens. Só os homens a podem destruir."
São palavras de Joseph Wresinski, padre que dedicou a sua vida a combater a pobreza, afirmando que "Onde os homens estão condenados a viver na miséria, aí os Direitos Humanos são violados. Unir-se para os fazer respeitar é um dever sagrado."
No dia 17 de Outubro de 1987, mais de cem mil pessoas, correspondendo ao apelo lançado pelo Padre Joseph Wresinski, reuniram-se no Adro das Liberdades e dos Direitos do Homem, no Trocadéro, em Paris. Aí, exprimiram solenemente a necessidade de se unirem para que o respeito dos Direitos Fundamentais se tornasse uma realidade universal.
Este acontecimento deu origem à celebração do dia 17 de Outubro como Jornada Mundial para a Erradicação da Pobreza, tendo, em 1992, as Nações Unidas reconhecido oficialmente este dia, dando-lhe uma dimensão universal.
O Padre Joseph morreu a 14 de Fevereiro de 1988, permanecendo vivos os seus ideias de restituição dos Direitos Inalienáveis aos mais pobres.
O Banco Mundial define a pobreza extrema como viver com menos de 1 dólar por dia e pobreza moderada como viver com entre 1 e 2 dólares por dia. Estima-se que 1 bilião e 100 milhões de pessoas, a nível mundial, tenham níveis de consumo inferiores a 1 dólar por dia e que 2 biliões e 700 milhões tenham um nível inferior a 2 dólares.

Vamos acabar com isto!

• Todos os anos cerca de 18 milhões de pessoas (50 mil por dia) morrem por razões relacionadas com a pobreza, sendo a maioria mulheres e crianças.

• Todos os anos cerca de 11 milhões de crianças morrem antes de completarem 5 anos.

• 1 bilião e 100 milhões de pessoas, cerca de 1/6 da humanidade, vive com menos de 1 dólar por dia.

• Mais de 800 milhões de pessoas estão subnutridas.

In http://biblogtecaqui.blogspot.com/
Imagem: http://eusouempreendedor.wordpress.com/

sábado, 16 de outubro de 2010

163.º Aniversário do nascimento de D. Maria Pia de Sabóia, rainha de Portugal


Dona Maria Pia de Saboia (Turim, 16 de Outubro de 1847 — 5 de Julho de 1911) foi uma princesa da Itália e rainha consorte de Portugal, durante o reinado de seu marido, D. Luís I. D. Maria Pia era a segunda filha do rei Vítor Emanuel II da Sardenha e Piemonte (em 1861, tornou-se o primeiro rei da Itália) e da arquiduquesa austríaca Adelaide de Habsburgo. Seus pais eram primos-irmãos. Teve sete irmãos, entre os quais o rei Humberto I de Itália e Amadeu I de Espanha.
No dia 6 de Outubro de 1862, um dia depois de chegar a Lisboa, D. Maria Pia casou-se com o rei D. Luís I, tornando-se assim rainha de Portugal. A cerimónia ocorreu na Igreja de São Domingos. Rainha aos quinze anos, D. Maria Pia cumpriu rapidamente o seu principal papel, assegurando a sucessão ao trono com o nascimento do Príncipe D. Carlos, em 28 de Setembro de 1863, e do infante D. Afonso Henriques, em 31 de Julho de 1865, titulado como Duque do Porto.

Mulher de temperamento meridional, ela foi mãe extremosa dos seus filhos e mulher atenta aos mais necessitados, tendo-se destacado por sua solidariedade para com os parentes das vítimas do incêndio do Teatro Baquet, em 1888.
Maria Pia ficou conhecida como "O Anjo da Caridade e A Mãe dos Pobres" por sua compaixão e causas sociais
Após a subida ao trono português de seu filho, o rei D. Carlos I, D. Maria Pia cedeu o protagonismo à sua nora, a princesa Amélia de Orleães, continuando a residir oficialmente no Palácio da Ajuda (cuja decoração se deve ao seu gosto), utilizando como residências de recreio o Palácio da vila de Sintra e um chalé que adquiriu no Estoril. Serviu diversas vezes como regente do Reino durante as visitas oficiais do seu filho e da nora ao estrangeiro.
Na sequência do Regicídio de 1908, em que seu filho, D. Carlos I, e seu neto, o herdeiro ao trono D. Luís Filipe, Duque de Bragança, foram assassinados, D. Maria Pia foi abatida pelo desgosto, começando a dar sinais de demência mental. Durante o breve reinado de seu outro neto, D. Manuel II, a rainha manteve-se praticamente retirada do público e quase sempre estava acompanhada do segundo filho, o Duque do Porto.
Com a proclamação da República, em 5 de Outubro de 1910, D. Maria Pia seguiu então para o exílio, mas não junto aos restantes membros da família real; partiu para o seu Piemonte natal, onde viria a falecer no ano seguinte, a 5 de Julho de 1911. Foi sepultada no Panteão Real dos Sabóia na Basílica de Superga, na Itália. Momentos antes de expirar, ela pediu que a voltassem no leito na direcção de Portugal, país onde permaneceu durante quarenta e oito anos.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/ Categoria: Rainhas de Portugal
Imagem: Id

Para mais pormenores biográficos de D. Maria Pia de Saboia, clique AQUI.

I Centenário do nascimento do Dr. Olímpio Seca

Monumento em homenagem ao Dr. Olímpio Seca, na Praça
com o mesmo nome, Valpaços
Guache de Leonel Salvado

É já no próximo dia 25 de Outubro que se celebram os 100 anos do nascimento desta singular figura histórica do concelho de Valpaços, uma data comemorativa que o Clube de História não quis deixar passar em claro, aproveitando para exortar os poderes instituídos e os vários meios de comunicação de modo a que, nesta data especial, o Dr. Olímpio dos Santos Seca mereça mais alguns actos ou mais algumas palavras de homenagem à altura do seu bom nome e da sua venerável obra.

O Dr. Olímpio Seca

No dia 25 de Outubro de 1910 nasceu em Vilarandelo, freguesia do concelho de Valpaços, distrito de Vila Real, no seio de uma família de moderados recursos, Olímpio dos Santos Seca. Aí fez a instrução Primária, ingressando depois no Colégio de Lamego, onde obteve a sua formação no Ensino Secundário, prosseguindo os seus estudos no Curso de Medicina da Universidade do Porto, sendo licenciado por essa Faculdade no ano de 1937.
Começou por se estabelecer e exercer a profissão médica na sua terra natal, construindo aí um consultório particular que escassos proventos financeiros lhe proporcionaram, devido aos parcos recursos económicos da população que a ele recorria em momentos de extrema aflição. Muitos dos pacientes, ao que parece, nem sequer possuíam condições para se deslocarem ao seu consultório, pelo que era o próprio médico, desde jovem, quem se propunha ir ao encontro deles nas localidades circunvizinhas, deslocando-se a pé, a cavalo e, quando se tornou possível, no seu próprio automóvel. Nesta penosaexperiência , mas assumida com abnegação como um dever pessoal, reflectiam-se já os traços essenciais da sua benigna personalidade , que manteve durante o resto da sua vida e ainda ecoa na Memória Colectiva da população do concelho de Valpaços.
Pelo que se extrai da sua biografia da autoria de Jorge Lage, publicada em “Press net Do Douro” e integrada no volume II da obra “Dicionário dos mais ilustres Transmontanos e Alto Durienses”, coordenada por Barroso da Fonte, o Dr. Olímpio Seca passou, em 1945 a exercer a mesma profissão na Casa do Povo de Vilarandelo, e em 1950 no Hospital da Misericórdia de Valpaços. Então, com singular dedicação e conhecida satisfação, tomou diligências no sentido de que aí funcionassem os necessários serviços de cirurgia, começando por convidar para assegurar essa responsabilidade um conceituado cirurgião portuense, Gomes de Almeida. Mais tarde conseguiu, com o mesmo fim, que o cirurgião, Mário Rafael e o anestesista Caiado Ferrão, ambos ao serviço do Hospital de Mirandela, se deslocassem com regularidade ao Hospital de Valpaços. De acordo com a mesma fonte, o Dr. Olímpio Seca foi também médico das Casas do Povo de Rio Torto, Vales e Zebras.
Ainda segundo Jorge Lage, “as suas ideias democráticas e o respeito que granjeou em Valpaços, tornam-no, em 1975, Presidente da Câmara Municipal de Valpaços, até às primeiras eleições autárquicas em 1976.
É do conhecimento geral que a sua vida se transformou numa Cruzada em luta pela defesa das populações das regiões mais carenciadas e que foi devido a essa luta que o nome do Dr. Olímpio Seca, falecido no dia 21 de Outubro de 1983, é ainda conhecido, e recordado com grande admiração, tanto por “ricos” como por pobres, como “O médico dos pobres”.

O “Médico dos pobres”
São inúmeras as referências que fazem jus a este epíteto atribuído ao Dr. Olímpio Seca, tanto as que nos ficaram dos discursos proferidos em cerimónias públicas realizadas em sua homenagem, como as que têm vindo a ser publicadas em vários meios de informação e comunicação impressa ou digital, sob a forma de “memórias locais”, como ainda as que ressaltam da espontânea oralidade popular, na qual, a propósito de tal cognome, há sempre uma comovente e admirável história para contar.

As Homenagens
Em 1985, o povo de Vilarandelo prestou homenagem ao Dr. Olímpio Seca, erigindo-lhe um busto no Largo da Feira. Entretanto, em Novembro de 1995 no Jornal Arauto de Vilarandelo publicou-se esta alegórica descrição do saudoso conterrâneo: “Um médico que foi sacerdote, sacerdote que também foi médico; nasceu pobre e não morreu rico".
A 11 de Novembro de 1996, a Câmara Municipal de Valpaços, com louvável deferência e empenho pessoal do seu Presidente, o Sr. Eng.º Francisco Tavares, seguiu o exemplo dos vilarandelenses, erguendo idêntico monumento num dos mais aprezíveis locais da  então vila, que foi para esse fim previamente sujeito a alguns arranjos de belo efeito arquitectónico e baptizado de “Praça Dr. Olímpio Seca”. No decurso deste acto solene, o Presidente da Junta de Freguesia de Valpaços, Gaspar Manuel Leitão Borges, legou aos valpacenses, num comovente discurso, um esboço biográfico do Dr. Olímpio Seca, realçando as suas principais virtudes e recordando as condições em que elas se revelaram. Desse discurso, transcrevo o seguinte excerto, que foi publicado na obra atrás mencionada, coordenada por Barroso da Fonte:

[…] As populações, principalmente as do interior, tinham carências vitais, de subsistência, de saúde, de acesso ao ensino e de liberdade. É neste contexto que Olímpio Seca desenvolve uma notável acção quer como médico, quer como cidadão interveniente e de compromisso na defesa dos valores de solidariedade, de liberdade e de humanismo actuante. Foi amigo do seu amigo, amigo dos seus doentes e, muito especialmente, amigo dos pobres, numa entrega generosa, fazendo jus à valorização do homem como pessoa em todos os locais e circunstâncias. Foi um humanista no dia-a-dia. Amou os pobres, dedicou-lhes a vida, o saber, as forças e até o dinheiro.

Mais recentemente, a 23 de Março de 2009, o Notícias de Valpaços proporcionava a informação de que o nome do Dr. Olímpio Seca havia sido exemplarmente invocado num jantar-convívio promovido dois dias antes pelo Rotary Club de Valpaços em homenagem ao seu filho, Dr. Manuel Jorge Castro dos Santos Seca, onde, num discurso proferido pelo Presidente desta virtuosa instituição, Taveira Pereira, se louvava o homenageado pela forma como se dedica à sua profissão e aos seus doentes, enquadrando-se no “lema rotário” que é o “Dar de Si antes de pensar em Si”. Ora, não foi esse também, no exercício da mesma "Missão", o lema assumido por seu pai? Foi neste sentido que, nessa mesma cerimónia, o Presidente da Junta de Freguesia de Vilarandelo, José Garcia Ferreira, se pronunciou a respeito do Dr. Manuel Seca, usando (e muito bem!) da metáfora “filho de peixe sabe nadar” para o distinguir como “um exemplar aprendiz dos valores superiores dados pelo pai", distinção essa que me parece bem merecida, por tudo aquilo que ouço contar acerca do bem que este estimado médico tem feito a muitos dos seus conterrâneos.

O testemunho de alguns memorialistas locais
Acham-se amiúde entre alguns “sites” locais, em breves exaltações de personalidades da terra ou em memórias avulsas que tive o prazer de ler, sentidos lamentos pela partida do Dr. Olímpio Seca e vincadas recordações das suas boas acções.
Asssim, por exemplo, em “Valpaços no Sapo”, sob o título “ilustres vilarandelenses”, pode ler-se: “Dr Olímpio Seca - o «médico dos pobres» que nunca tinha horas e mantinha sempre abertas as portas de sua casa, fosse para quem fosse e em que dia fosse!
No site oficial da Junta de Freguesia de Santa Valha, a memorialista Maria Raquel Barros Alves (Professora Aposentada) recordava assim, em Maio de 2009, entre os médicos já falecidos que antigamente se deslocavam a essa aldeia, bem como a outras do concelho, para a vacinação das crianças em idade escolar, o Dr. Olímpio Seca: “O Dr. Olímpio Seca, (já falecido) médico do povo, como lhe chamavam, pensamos também ter vacinado os alunos, deslocando-se às escolas do concelho. De grosso modo, todos eles nos deixaram muitas recordações”.
No mesmo site, Carlos Sá, reportando-se aos velhos tempos em que Santa Valha tinha “tudo menos electricidade” e se vivia “às escuras com as candeias a petróleo”, lembrava com exacerbada nostalgia: “Tínhamos um Padre, um Sacristão, uma Padaria, dois Professores, duas Escolas, três Alfaiates, dois Barbeiros, dois Ferreiros, um sóqueiro, duas moagens de azeitona, uma moagem de farinha, etc. Tínhamos o muito QUERIDO Dr. Olímpio Seca, sempre atencioso a consultar, e se a doença fosse urgente, de imediato havia sempre lugar no seu carro; a estrada de Vilarandelo a Pardelinha deveria levar o SEU nome. Tínhamos o "porco" de Santo António (nossa mascote) A TODOS estes e outros merecem que se fale, que se recorde, bons tempos.
Ainda na mesma fonte um memorialista de Pardelinha (aldeia anexa à freguesia de Santa Valha) que não me foi possível identificar, terminou assim as suas memórias: “Não podemos deixar de referir uma pessoa ilustre da terra (já falecida), que praticou o bem material e pessoal a esta aldeia, sobretudo ao seu povo, como médico, trazendo algum conforto naquela altura, o Dr. Olímpio Seca..., médico dos pobres como era conhecido. Não obstante residir em Vilarandelo, tinha uma das melhores casas agrícolas de Pardelinha.”
Muitas outras memórias e histórias sobre o “humanismo actuante” do Dr. Olímpio Seca poderiam aqui ser transcritas com igual legitimidade!

A família*
Olímpio dos Santos Seca nasceu, como já foi dito, em Vilarandelo, uma freguesia do concelho de Valpaços do distrito de Vila Real, no dia 25 de Outubro de 1910. Foi um dos dois filhos do segundo casamento de António Manuel dos Santos Seca com Maria Nogueira de Melo. Seu pai é ainda hoje recordado na vila como um respeitado homem de negócios que fazia regulares viagens à cidade do Porto. Olímpio dos Santos Seca teve uma irmã chamada Maria Alcina dos Santos Seca que casou com José Fama Balixa e deles houve dois filhos: Victor José dos Santos Seca Balixa e Ildeberto dos Santos Seca Balixa. Do primeiro casamento de seu pai com Teresa Fernandes, houve quatro filhos: Ildeberto Astério dos Santos Seca, Aurora dos Santos Seca, António Manuel dos Santos Seca Jr., nascido em 1889, e Américo dos Santos Seca, nascido em 1891.
Olímpio dos Santos Seca foi neto paterno de José Manuel dos Santos Seca, nascido em 1825 e de Maria Teixeira, e bisneto de João Baptista Gonçalves da Seca, nascido a 23 de Agosto de 1799 na freguesia de Babe, concelho e distrito de Bragança, e de Maria Martins, natural de Grijó de Parada, do mesmo concelho e distrito. As gerações anteriores a este bisavô paterno de Olímpio dos Santos Seca foram todas naturais do distrito de Bragança, repartindo-se entre Babe (mais representativamente) e Caravelas, até ao seu antepassado mais remoto aqui estudado, Domingos Gonçalves da Seca, que nasceu em Babe em 1640 e foi o sexto-avô do Dr. Olímpio Seca. Segundo os responsáveis pela investigação que serviu de base ao relatório abaixo mencionado, até à data do seu nascimento (1640) aquele “Domingos Gonçalves da Secca” «é o primeiro “secca” que aparece em todas as pesquisas efectuadas e com uma descendência muito bem definida». Como os mesmos investigadores sublinham, existem há muito, suspeitas (leia-se probabilidade) de os “secca” serem originários de Itália, mas isso só poderá confirmar-se através da continuação das pesquisas para os anos e décadas anteriores, remontando duas ou três gerações.
Uma nota curiosa a propósito do bisavô do Dr. Olímpio Seca, João Baptista Gonçalves da Seca, é a que o dá como tendo-se estabelecido na terra natal de sua esposa Maria Martins, Grijó de Parada, e se diz que ele aí “trabalhava no ferro”. Sendo esta, a possível designação do mister de ferreiro, poderá servir de indicador de uma eventual antiga tradição profissional dos “Secca”? De momento, a resposta para esta questão talvez só esteja ao alcance da própria família.
O Dr. Olímpio dos Santos Seca casou em 1945 com Maria Fernanda da Mota e Castro e do enlace nasceram três filhos: Maria Helena dos Santos Seca que casou com José Manuel Borda Rodrigues e deles houve dois filhos - Nuno Miguel Borda Rodrigues e Helena Isabel Seca Borda Rodrigues; Rui Manuel Castro dos Santos Seca que casou duas vezes, primeiro com Natália (…?), depois com Filomena (…?), havendo do segundo casamento dois filhos – Ricardo Castro Seca e João Pedro Castro Seca; Manuel Jorge Castro dos Santos Seca (a que já me referi na primeira parte desta publicação) que casou com Guiomar Pinto Coelho Lopo, havendo deles dois filhos – Luís Miguel Lopo dos Santos Seca e Luís Filipe Lopo dos Santos Seca.

*Os dados e nomes publicados neste espaço estão SUJEITOS A RECTIFICACÇÕES E ACRESCENTAMENTOS. Baseiam-se no Relatório Genealógico para “Domingos Gonçalves da Secca”, publicado por representantes da família Seca com base em pesquisas efectuadas através "The Complete Genealogy Reporter", “© 2006-2009 Nigel Bufton Software” sob licença de “ My Heritage Family Tree Builder “, do qual descendem os vários ramos da família “Secca” e particularmente o Dr. Olímpio dos Santos Seca. No referido relatório predomina a forma “Secca”, pelo que entendi actualizar a grafia. O relatório completo encontra-se publicado na Internet em formato pdf sob o seguinte url:

www.secca.info/.../domingosgoncalvessecca/Relatorio%20Domingos%20%20Goncalves%20da%20Secca.pdf
Pode-se também aceder ao site dos “Secca”, especialmente criado para a família, em todo o mundo, através do seguinte url:
http://www.secca.info/

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

200 anos da Batalha do Bussaco

Clique na imagem e visite o sítio oficial das comemorações.

Associação de Marinheiros homenageia Carvalho Araújo

A Associação de Marinheiros de Trás-os-Montes e Alto Douro, em colaboração com o Estado Maior da Armada e a Associação de Oficias da Reserva Naval, vai homenagear o Comandante Carvalho Araújo, no dia 16 de Outubro, pelas 15 horas, junto ao monumento, na avenida com o mesmo nome.
Estas cerimónias inserem-se nas comemorações do Centenário da República e por ocasião da data da sua morte em combate, ocorrida em 14 de Outubro de 1918.

Cerimónia militar: 15.00h - na Av. Carvalho Araújo, em Vila Real, com a presença de uma secção de Fuzileiros e o representante do Chefe do Estado Maior da Armada.

Sessão solene: 16.00h - no hotel Miracorgo, que inclui uma conferência sobre o tema “Carvalho Araújo: o cidadão, o marinheiro e o herói”, pelo Dr. Joaquim Ribeiro Aires.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

212.º Aniversário do nascimento de D. Pedro IV

D. Pedro IV em 1832 | http://phalerae-jvarnoso.blogspot.pt

O seu nome completo foi Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon. Nasceu em Queluz a 12 de Outubro de 1798 e faleceu no mesmo local a 24 de Setembro de 1834. Foi o 4.º filho (2º varão) do rei D. João VI e de sua esposa, a rainha Carlota Joaquina de Bourbon, infanta de Espanha e primogénita de Carlos IV de Espanha. Após a morte prematura de seu irmão, primogénito, Francisco de Bragança, em 1801, recaiu sobre ele o direito de sucessão. Ficou conhecido como D. Pedro I, o primeiro imperador (e primeiro chefe de estado) do Brasil e como D. Pedro IV, o 28.º rei de Portugal (7.º da dinastia de Bragança), durante apenas 7 dias. Acabou por abdicar de ambas as coroas - da portuguesa em favor da filha, D. Maria da Glória, a 28 de Maio de 1926, e da brasileira, em favor do filho, D. Pedro II do Brasil, a 7 de Abril de 1831.

Em Portugal foi cognominado de O Rei-Soldado, em virtude da sua intervenção na Guerra Civil de 1832-34, travada entre as suas forças liberais e as forças absolutistas de seu irmão, D. Miguel, embora também se usasse o cognome de Rei-Imperador, pelo motivo atrás mencionado. Acresce um terceiro cognome, o de O Libertador, usado tanto em Portugal como no Brasil, ali por ter libertado o país do governo absolutista, aqui por ter libertado esta colónia do domínio português.

Imagem: http://carlospacodarcos.blogspot.com/
Para uma Biografia mais detalhada sobre D. Pedro IV (I do Brasil), clique AQUI.

sábado, 9 de outubro de 2010

"Che Guevara" morreu há 43 anos

No dia 9 de Outubro de 1967 morria na aldeia de La Higuera, Bolívia, onde fora capturado um dia antes, sendo executado a tiro por um soldado boliviano, aquele que foi considerado pela revista norte-americana Time Magazine uma das cem personalidades mais importantes do século XX – Ernesto Guevara de la Cerna, mais conhecido por Che Guevara ou El Che, devido ao seu constante uso do vocativo gaúcho “che”. Nascido a 14 de Junho de 1928, em Rosário, Argentina, no seio de uma família da classe média-alta “anti-peronista”, detentora de uma biblioteca com cerca de três mil volumes, começou desde cedo a desenvolver em casa o gosto pela leitura, incluindo obras de Julio Verne, Alexandre Dumas, Baudelaire, Neruda e Freud, mas também de Marx, Engels e Lenine que iriam moldar a sua personalidade e  as suas convicções político-ideológicas.

De saúde débil, propenso a ataques de asma que o atormentariam durante o resto da sua vida, em 1932, com apenas 4 anos, Che Guevara mudou-se com a família, a conselho dos médicos, para Altagracía, uma localidade da região de Córdoba, onde iniciou e terminou os estudos liceais, e mais tarde para Buenos Aires, ingressando em 1946 na Universidade, no curso de Medicina que viria a terminar no ano de 1951. Entretanto, através de viagens empreendidas a outros países da América latina no exercício de uma das suas profissões temporárias de repórter fotográfico ou por iniciativa própria, o jovem médico foi reforçando as suas convicções ideológicas revolucionárias à medida que se ia inteirando das situações de miséria e sofrimento em que o continente se via mergulhado, sobretudo a Guatemala, onde em 1954, Guevara assistiu à luta e ao triunfo de Guzmán, eleito presidente desse Estado à frente de um partido de cariz popular. Definindo-se, a partir daí, como um sério opositor ao imperialismo norte-americano, no ano seguinte estava no México, onde conheceu os irmãos Castro, Raúl e Fidel, e veio a participar em todo o processo revolucionário cubano durante o qual logrou granjear a maior quota-parte da fama que o imortalizou em toda a sua épica Cruzada contra a opressão e a favor da liberdade dos povos. Após o triunfo da revolução cubana, e garantida a sua estabilidade após novo triunfo contra o imperialismo dos EUA e os anti-castristas na Baía dos Porcos, sentiu o revolucionário errante o chamamento de novas missões pelo que, em 1965, com a anuência de Fidel, partiu para o Congo com um destacamento de cem”internacionalistas” cubanos, onde, por razões que são imputadas à sua própria imprudência pela falta do necessário reconhecimento prévio da realidade cultural e sociológica africana, conheceu a sua primeira grande decepção.
Em seguida parte para as montanhas da Bolívia, onde julga poder estabelecer uma base de guerrilha para a unificação dos países da América Latina para uma invasão da Argentina. Aí conhece nova desilusão, não consegue o esperado apoio do Partido Comunista boliviano nem a simpatia da escassa população rural e, em estado de extremo desgaste físico e moral é capturado e ingloriamente abatido por um simples soldado boliviano. Os seus restos mortais, descobertos, em 1997, numa vala comum na cidade de Vallegrande, que fica a cerca de 50 Km de La Higuera, foram trasladados para Cuba e enterrados com honras de chefe de Estado, na presença de membros da família e de Fidel Castro. Também em Cuba foi erigido um monumento em sua homenagem, com base na célebre foto de Alberto Korda, d’o Gerillero Heroico.
Imagem: http://www.fatamerican.tv

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749.º Aniversário do nascimento de D. Dinis, rei de Portugal

D. Dinis I de Portugal (Lisboa [?], 9 de Outubro 1261 — Santarém. 7 de Janeiro de 1325) foi o sexto rei de Portugal. Filho de D. Afonso III e da infanta Beatriz de Castela, neto de Afonso X de Castela, foi aclamado em Lisboa em 1279. Viveu 63 anos e desses 46 passou-os a governar os Reinos de Portugal e do Algarve, tendo subido ao trono com 17 anos.
Figura incontornável da Península Ibérica de fim de Duzentos e início de Trezentos, D. Dinis foi cognominado Pai-da-Pátria por Duarte Nunes de Leão. Foi um dos principais responsáveis pela criação da identidade nacional portuguesa. A ele se deve em larga escala o alvor da consciência de Portugal enquanto Estado e Nação. A sua actividade governativa sempre se manteve nessa linha: definiu as fronteiras de Portugal em Alcanizes, instituiu o Português como língua oficial da corte, libertou as Ordens Militares em território nacional de influências estrangeiras e prosseguiu um sistemático acréscimo do centralismo régio.

A política centralizadora foi articulada com acções de fomento económico importantíssimas - como a criação de inúmeros concelhos e feiras - e de relevantes reformas judiciais. A administração das propriedades régias tornou-se mais eficiente e D. Dinis ficou conhecido como um Rei rico; disso encontramos eco na Divina Comédia de Dante Alighieri. O extenso e excelso trabalho deste Rei em prol do Reino resumiu António Caetano de Sousa ao cognome de O Lavrador, assaz redutor face a obra tão profícua e, ademais, gerado pela imputação errónea da plantação do Pinhal de Leiria a este monarca; na realidade o pinhal já existia desde D. Sancho II.
Foi grande amante das artes e letras. Trovador famigerado, muito cultivou as Cantigas de Amigo, de Amor e a sátira, contribuindo indelevelmente para o desenvolvimento da poesia trovadoresca. Devido à sua obra poética, é hoje conhecido como o O Rei-Poeta ou O Rei-Trovador. Pensa-se ter sido o primeiro monarca português alfabetizado, tendo assinado sempre com o nome completo. Culto e curioso das letras e das ciências, terá impulsionado a tradução de muitas obras para Português, entre as quais se contam os tratados de seu avô Afonso X, o Sábio. Foi o responsável pela criação da primeira Universidade portuguesa, na altura sediada em Coimbra.
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Imagem: Id

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