Por aquilo que nos parece ser de concluir das mensagens de Karl Giberson, presidente da Fundação Biologos e autor do livro “Saving Darwin”, e Fancis Collins, o cientista mais famoso dos EUA, chefe do Instituto Nacional de Saúde e ex-chefe do famoso Projeto Genoma, abrem-se novas perspectivas entre uma possível conciliação entre a Crença na Palavra de Deus e a Teoria da evolução das espécies. A notícia desta conciliação, que ainda permanecerá durante muitos anos certamente questionável, surge-nos divulgada na revista Galileu, segundo as próprias palavras de Giberson que passamos a transcrever, nesta edição do Notícias com História [Universal].
Biólogo aproxima cristianismo de Darwin
Karl Gibeson mostra como é possível acreditar em Deus e na Teoria da Evolução ao mesmo tempo
Fui criado acreditando que a Teoria da Evolução era uma conspiração para minar a crença em Deus. Na minha cabeça, cientistas eram ateus malvados, prontos para destruir a fé. E Charles Darwin era o pior de todos, influenciado por Satã para propor a evolução em primeiro lugar.
Estou feliz em dizer que não estou mais entre as dezenas de milhões de cristãos dos Estados Unidos que pensam dessa maneira. Fiz as pazes com Darwin e a evolução e isto só enriqueceu e incentivou a minha crença em Deus. Meu livro, Saving Darwin: How to Be a Christian and Believe in Evolution (Salvando Darwin: como ser um cristão e acreditar em Deus, ainda não publicado no Brasil), descortina minha história pessoal.
Quando os cristãos rejeitam a evolução, eles se afastam da ciência e, na maioria das vezes, da cultura em geral. Não dá para rejeitar apenas a Teoria da Evolução. Ao rejeitá-la, você tem que rejeitar a maior parte da ciência, assim como atacar a integridade e a credibilidade do método científico. Isso é totalmente injusto com os milhares de cientistas que trabalham com honestidade tentando entender o mundo. Poucos têm qualquer agenda antirreligiosa e muitos deles, na verdade, são religiosos. Infelizmente, o cientista mais famoso do mundo é Richard Dawkins, e ele é muito antirreligioso.
No entanto, o cientista mais famoso nos EUA é o geneticista Francis Collins, chefe do Instituto Nacional de Saúde e ex-chefe do renomado Projeto Genoma. Ainda assim, ele é um entusiasta da religião.
Darwin propôs a Teoria da Evolução em 1859, no livro A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural. Muitos acharam a teoria intrigante no momento, mas ficaram inquietos com a possibilidade de que os seres humanos estivessem relacionados com os primatas: “Descendemos de macacos? Espero que não seja verdade”, exclamou a mulher de um bispo inglês do século 19 ao ouvir a nova teoria de Darwin. “Mas, se é verdade, espero que não se torne conhecida.” Os cristãos da época esperavam que o avanço da ciência pudesse desmentir a nova teoria de Darwin, que ameaçava sua compreensão das tradicionais histórias bíblicas, como Adão e Eva e os seis dias da criação.
Mas as evidências de que Darwin estava correto são esmagadoras e agora temos que aceitá-las. O registro fóssil apresentou provas convincentes de espécies de transição, como as baleias com pés. O DNA fornece um registro irrefutável da relação entre todos os seres vivos.
Não vejo mais a evolução como algo sinistro. Agora, vejo a evolução como sendo a maneira de Deus criar a vida. E não é um processo caótico, confuso e esbanjador, como os críticos acusam. A evolução ocorre em um universo ordenado, com leis e processos naturais críveis. A narrativa da história cósmica anterior à origem da vida é notável: as leis que permitem a vida parecem afinadas para essa possibilidade. A capacidade dos organismos de evoluir permite que eles se adaptem a ambientes em constante mutação. Minha crença de que Deus cria por meio da evolução une a minha fé e a ciência.
Por por Karl Giberson In http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI113877-17774,00-BIOLOGO+APROXIMA+CRISTIANISMO+DE+DARWIN.html
Imagem: http://defesabiblica.wordpress.com/2010/07/22/criacionismo-no-geral/
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