sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

370.º Aniversário da Restauração da Independência comemorado no Agrupamento de Escolas de Valpaços

Monumento da Praça dos Restauradores, em Lisboa
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Este sucesso de grande relevância nos anais da História da Nacionalidade foi comemorado pelo Grupo de História do Agrupamento de Escolas de Valpaços nos dois dias que antecederam e sucederam ao feriado nacional, não obstante as contrariedades impostas pelas condições atmosféricas.
A comemoração contou com a participação dos docentes da Escola Secundária e da Escola sede do Agrupamento, em cumprimento do que ficou definido no plano de actividades aprovado para o corrente ano lectivo. Foram editados prospectos de divulgação sumária acerca do significado histórico do evento em ambas as escolas sob orientação dos respectivos docentes, nomeadamente do subcoordenador para o Grupo de História, Sebastião Santos e das docente Fátima Caetano e Alice Rodrigues.
Foi ainda realizada uma exposição na Biblioteca da Escola Secundária de trabalhos, objectos e arranjos simbolizadores da Restauração, um conjunto cénico composto por bandeiras das dinastias filipina e brigantina, exposição essa que contou com a preciosa colaboração da respectiva bibliotecária, Rosa Galvão. Integraram ainda a exposição, além de outros materiais, três curiosos cartazes dispostos de forma original e criativa sob a orientação da docente Cynthia Coelho, com a colaboração da docente Margarida Moura. Na Escola Sede de Agrupamento foi exposto também um interessante trabalho invocando o mesmo tema. 


Pormenores das exposições realizadas na Escola Secundária e E.B. 2,3 Júlio do Carvalhal
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Rostos dos prospectos divulgados pela Escola Secundária  e pela Escola EB 2,3 Júlio do Carvalhal do Agrupamento de Escolas de Valpaços
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Vale a pena conhecer o teor destes prospectos singelos, mas de grande valor para a divulgação dos acontecimentos que fizeram o feriado nacional de 1 de Dezembro. Tratando-se de uma actividade para continuar optamos por revelar, desta vez, apenas o conteúdo de um deles:

A CRISE DINÁSTICA
Em 1578 o rei D. Sebastião morreu bastante novo na batalha de Alcácer Quibir, sem deixar descendentes. Entretanto, o seu tio, cardeal D. Henrique subiu ao trono, mas sendo já bastante idoso, faleceu pouco depois, em 1580, também sem descendentes, surgindo, assim, uma crise dinástica.

D. Sebastião  e o Cardeal D. Henrique

Uma vez que não existiam descendentes directos, quem devia suceder-lhe no trono de Portugal?
O rei Filipe II de Espanha surgiu como o mais forte candidato ao trono, graças ao seu grande poder militar e económico. Conseguiu, nas Cortes de Tomar de 1581, convencer os portugueses a fazerem a sua aclamação como rei de Portugal, aceitando as condições que eles lhe apresentaram para o futuro da nação portuguesa: A continuação da língua portuguesa como língua oficial, a existência de moeda própria e a nomeação de portugueses para os mais importantes cargos administrativos. Assim se consumou a União Ibérica.

Filipe I de Portugal (II de Espanha), Filipe II de Portugal (III de Espanha), Filipe III de Portugal (IV de Espanha)

Durante cinquenta e nove anos Portugal esteve sob o domínio dos reis de Espanha.
No reinado de Filipe I (II de Espanha), houve paz e prosperidade e os portugueses contentaram-se com essa situação. Mas durante os reinados de Filipe II e Filipe III, de Portugal, gerou-se o descontentamento dos portugueses, porque aqueles monarcas deixaram de respeitar as promessas feitas nas Cortes de Tomar, de que falámos, além de arrastarem o nosso país para as guerras que levaram a cabo contra os seus inimigos e de lançarem pesados impostos sobre os portugueses. Os inimigos de Espanha passam a ser os inimigos de Portugal. Por todo o nosso país, a contestação ao domínio espanhol originou motins populares como o que eclodiu em Évora em 1637, conhecido por Revolta do Manuelinho ou Alterações de Évora, que foi violentamente reprimido pelas autoridades.


A RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
Aproveitando a situação complicada em que a Espanha se encontrava (guerra com a França, revoltas populares na Catalunha...), alguns nobres portugueses reuniram-se em torno de D. João, duque de Bragança, e organizaram uma conspiração com vista à sua aclamação como rei de Portugal.
Assim, no dia 1 de Dezembro de 1640, em Lisboa, os conspiradores dirigiram-se ao Paço e, na companhia do duque de Bragança, assassinaram o secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos e obrigaram a duquesa de Mântua, que era então a vice-rainha, à renúncia do cargo e à submissão.

Os conspiradores perante a duquesa de Mântua

Só depois de concluído o golpe foi pedida a intervenção do Povo. Quinze dias depois, o duque de Bragança era aclamado no Paço da Ribeira, com a designação de D. João IV de Portugal. A independência era restaurada e nascia uma nova dinastia: a dinastia de Bragança.

Escola Secundária de Valpaços - Plano de Actividades do A. E. V. 2010-2011: Acções de divulgação do significado histórico de datas comemorativas

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