lápide em homenagem aos heróis de Cambedo da Raia
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Fez esta madrugada de 20 de Dezembro, 64 anos, que iniciaram os violentos confrontos entre as forças da PIDE e da GNR e os opositores espanhóis à ditadura franquista de que resultaram várias mortes e prisões de transmontanos de várias idades, incluindo crianças de 8 e 9 anos em várias localidades da raia transmontana.
O trágico evento tem sido designado por “escaramuças de Candedo”, por alguns autores e por “combate de cambedo”, por outros. Candedo e Cambedo são duas localidades distintas, aquela uma das mais ocidentais freguesias do concelho de Vinhais e esta uma pequena aldeia da freguesia de Vilarelho da Raia, do concelho e proximidade de Chaves e mesmo no limite da fronteira com a Galiza. Correndo o risco de sermos apontados como sectários, parece-nos justo reconhecer, fazendo fé nos relatos oficiais e na memória colectiva dos transmontanos, que o epicentro desta tragédia, foi a pequena aldeia de Cambedo da Raia, sem prejuízo para o devido reconhecimento do sofrimento dos habitantes das várias aldeias do concelho de Vinhais nos dias que antecederam tal tragédia – as denúncias relativas a assaltos cometidos pelos acossados refugiados, registados nos relatórios da GNR, referem-se de facto ao concelho de Vinhais. Mas, de acordo com as mesmas fontes, o plano de intervenção da GNR, gizado em conluio com inspectores oficiais da PIDE, apontava como alvos de intervenção prioritária, não Candedo mas Cambedo da Raia, a par de outras povoações do concelho de Chaves. O ataque a Cambedo, por Vilarelho da Raia, foi de facto o mais aceso e foi nesta aldeia, e não na de Candedo, que os ocupantes das casas da Engrácia, da Escolástica, do Mestre, do Adolfo e do Silvino, acordaram estremunhados com todos os cães da aldeia a ladrar a rebate e se iniciaram os primeiros tiros que levaram à famigerada escaramuça e às suas dramáticas consequências. De resto, escusado seria lembrar, a coragem revelada, por largos anos, por estes “pobres” habitantes do Cambedo em valer aos desgraçados “guerrilheiros” que poucos esforços tiveram de dispender para que nisso se vissem contemplados, fazem parte da memória colectiva destes povos, espanhóis ou portugueses, como é atestado pelo monumento que foi erguido em sua homenagem e que encabeça este post.
O trágico evento tem sido designado por “escaramuças de Candedo”, por alguns autores e por “combate de cambedo”, por outros. Candedo e Cambedo são duas localidades distintas, aquela uma das mais ocidentais freguesias do concelho de Vinhais e esta uma pequena aldeia da freguesia de Vilarelho da Raia, do concelho e proximidade de Chaves e mesmo no limite da fronteira com a Galiza. Correndo o risco de sermos apontados como sectários, parece-nos justo reconhecer, fazendo fé nos relatos oficiais e na memória colectiva dos transmontanos, que o epicentro desta tragédia, foi a pequena aldeia de Cambedo da Raia, sem prejuízo para o devido reconhecimento do sofrimento dos habitantes das várias aldeias do concelho de Vinhais nos dias que antecederam tal tragédia – as denúncias relativas a assaltos cometidos pelos acossados refugiados, registados nos relatórios da GNR, referem-se de facto ao concelho de Vinhais. Mas, de acordo com as mesmas fontes, o plano de intervenção da GNR, gizado em conluio com inspectores oficiais da PIDE, apontava como alvos de intervenção prioritária, não Candedo mas Cambedo da Raia, a par de outras povoações do concelho de Chaves. O ataque a Cambedo, por Vilarelho da Raia, foi de facto o mais aceso e foi nesta aldeia, e não na de Candedo, que os ocupantes das casas da Engrácia, da Escolástica, do Mestre, do Adolfo e do Silvino, acordaram estremunhados com todos os cães da aldeia a ladrar a rebate e se iniciaram os primeiros tiros que levaram à famigerada escaramuça e às suas dramáticas consequências. De resto, escusado seria lembrar, a coragem revelada, por largos anos, por estes “pobres” habitantes do Cambedo em valer aos desgraçados “guerrilheiros” que poucos esforços tiveram de dispender para que nisso se vissem contemplados, fazem parte da memória colectiva destes povos, espanhóis ou portugueses, como é atestado pelo monumento que foi erguido em sua homenagem e que encabeça este post.
Para conhecer um relato detalhado e exaustivo deste memorável acontecimento, publicado hoje mesmo por José João da Costa Couto, com base em informações colhidas de outras fontes, consulte o seu blogue, O ABACIENTE.
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