domingo, 12 de setembro de 2010

713.º Aniversário do Tratado de Alcanices

Perfazem hoje 713 anos sobre a assinatura do tratado de Alcanices celebrado entre o rei de Leão e Castela, Fernando IV (1295-1312), e o rei de Portugal, D. Dinis (1279-1325), na povoação leonesa de Alcañices, perto da fronteira portuguesa, tratado esse fixou os limites fronteiriços entre ambos os reinos, que são na verdade os mais antigos e mais estáveis da Europa. Em 1997 a Sociedade Científica da Universidade Católica Portuguesa organizou o Congresso Histórico Luso-Espanhol, que debateu o tema “O Tratado de Alcanices e a importância histórica das terras de Riba Côa, do qual no ano seguinte publicou um livro consagrado ao tema, livro esse que serve de imagem de cabeçalho deste artigo e que sugerimos aos nossos leitores a leitura

Para um breve esclarecimento acerca do Tratado de Alcanices, passamos a transcrever uma síntese publicada da Wikipédia, que é a que se nos afigura como a mais clara e objectiva, de entre as que analisámos:

«Por ele, [Tratado de Alcanices] se restabelecia a paz fixando-se os limites fronteiriços entre os dois reinos, em fins do século XIII. A 'câmbio' de direitos portugueses nos termos de Arouche e de Aracena, passavam para a posse definitiva de D. Dinis de Portugal:

• Campo Maior
• Olivença (hoje administrada por Espanha, ver Questão de Olivença)
• Ouguela
• São Félix dos Galegos (hoje na posse de Espanha)

E em troca de direitos portugueses nos domínios de Aiamonte, Esparregal, Ferreira de Alcantara e Valença de Alcantara, e outros lugares nos 'Reinos de Leão e de Galiza', era reconhecida a posse portuguesa das chamadas terras de Riba-Côa, que compreendiam as seguintes povoações e respectivos castelos:

• Almeida
• Alfaiates
• Castelo Bom
• Castelo Melhor
• Castelo Rodrigo
• Monforte
• Sabugal
• Vilar Maior

Uma versão do tratado, cujo exemplar em Castelhano hoje se encontra depositado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, encontra-se transcrita por Rui de Pina na Crónica de El-Rei D. Dinis. No século XIX, o original foi publicado pelo Visconde de Santarém (1846).

Embora na fórmula de encerramento seja informada a datação como Era de mil trezentos trinta e cinco annos, recorde-se que a referida é a do calendário juliano, vigente à época daqueles soberanos, equivalente a 1297 no atual calendário gregoriano.»

In http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Alcanizes

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