Seg, 09 Ago, 12h03
TÓQUIO (AFP) - A cidade japonesa de Nagasaki recordou nesta segunda-feira os 65 anos do bombardeio nuclear atómico americano na presença de representantes de 32 países, entre eles França e Grã-Bretanha, que participam pela primeira vez das cerimónias pela data.
Os Estados Unidos, que enviaram seu embaixador John Roos às cerimónias de Hiroshima, em 6 de Agosto, pela primeira vez desde o final da guerra, não foram representados em Nagasaki, oficialmente por questão de agenda.
Os diplomatas franceses e britânicos participam nas duas cerimónias com parte dos esforços do movimento em favor do desarmamento nuclear mundial.
Um representante de Israel também assistiu à cerimónia pela primeira vez.
"O Japão, enquanto a única nação que foi vítima de bombardeios atómicos em tempos de guerra, tem uma responsabilidade moral de apoiar a luta para construir um mundo sem armas nucleares", declarou o primeiro-ministro japonês Naoto Kan em um discurso, repetindo seus votos durante a cerimónia em Hiroshima.
Um minuto de silêncio foi observado às 11H02 local (02H02 GMT), hora exacta e que a bomba de plutónio, apelidada "Fat Man" pelos pilotos americanos, explodiu sobre Nagasaki em 9 Agosto de 1945, liberando radiações e uma onda de calor de vários milhares de graus centígrados que custaram a vida de mais de 70.000 pessoas.
A explosão desta segunda bomba atómica levou o Japão a se render seis dias mais tarde, em 15 de Agosto de 1945.
Convencidos de que os ataques nucleares eram necessários para pôr fim à guerra, os Estados Unidos nunca aceitaram apresentar suas desculpas pela morte de 210.000 pessoas, a grande maioria delas civis.
in http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/100809/mundo/jap__o_nuclear_eua_guerra
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