ADÉRITO MEDEIROS FREITAS, Julho de 2001
Esta laboriosa iniciativa de transcrição e reprodução de fotos e esquemas do extraordinário trabalho realizado pelo Dr. Adérito Medeiros Freitas, assim divulgados através da Internet, é dirigida, em homenagem a este autor, a todos os valpacenses, transmontanos e portugueses interessados nesta temática, mas em especial aos valpacenses que se encontram deslocados há longa data da sua freguesia natal, bem como aos seus descendentes.
FREGUESIA DE ARGERIZ - B
TRANSCRIÇÃO E REPRODUÇÃO INTEGRAL AUTORIZADA PELO AUTOR
1 – Planta Esquemática da “Cêrca de Ribas”.
Outra estruturas identificadas:
1-i – Poço
Encontra-se a poucos metros de distância da face externa da muralha II. Em Setembro de 1992 procedemos à sua limpeza.
Verificámos que, ao contrário da crendice geral, a sua profundidade não atinge os 2 metros e que foi aberto directamente em rocha granítica já bastante alterada.
A presença de uma porção de granito menos alterado, impediu que a sua profundidade fosse uniforme. Nele foi picada e aplanada uma superfície que, certamente, passou a constituir uma espécie de degrau que favorecia a recolha da água.
A profundidade do “poço” foi aumentada com a construção de um muro de granito com uma altura máxima de 80 cm. Esta estrutura em granito alarga-se em volta da abertura do poço, em forma de tronco de cone. O diâmetro do “poço” é de 3,40 metros.
Actualmente só a água das chuvas aqui se acumula, no Inverno. Acredito, no entanto, que outrora aqui existisse uma nascente natural e que a verdadeira função deste “poço” fosse, na realidade, ajudar no abastecimento de água do povoado
Lenda:
Outrora, o “poço” estaria tapado com uma grande lage de granito. Dentro dele, encontram-se três “talhas”: uma de ouro, outra de prata e, outra, de peste. Como são exactamente iguais, o seu conteúdo só será conhecido após a sua abertura.
Se, um dia, alguém abrir a talha cheia de ouro ou a talha cheia de prata, ficará muito rico para toda a vida mas, se abrir a talha cheia de peste, morrerá.
A dúvida entre uma “grande riqueza” ou uma “morte certa” tem mantido invioladas as três talhas ao longo dos tempos!
1-l – “Lagar”
“Lagar”, Planta e perfis
Encontra-se à distância de 7 metros da face externa da muralha I. Consta de uma cavidade alongada cavada num monólito de granito, com uma goteira para a recolha do líquido ali derramado. Aparentemente, o bloco de granito onde se encontra esta cavidade não está na sua primitiva posição natural, mas teria sido para aqui deslocado. Mede 2 metros de comprimento, 1 metro de largura máxima e 60 cm de altura acima do solo circundante.
A opinião mais generalizada entre as pessoas que visitam a “Cerca” é a de que, esta estrutura, tenha desempenhado, no passado, uma função “cultual”, isto é, tenha sido “altar”.
Lagar
1-m – Lagar
Lagar. Representação esquemática
Fica situado a E da muralha III e à distância de 21 metros da sua face externa, no limite de um velho souto.
Formam, este interessante monumento arqueológico, dois blocos de granito na sua posição natural, hoje distanciados de 35 cm, precisamente o valor de diâmetro de um seco tronco de sobreiro que entre eles se desenvolveu. Tudo indica que tenha sido o crescimento (engrossamento) desta árvore (Quercus suber L.) a causa responsável pelo actual afastamento; outrora, os dois blocos de granito deviam encontrar-se encostados um ao outro.
No seu conjunto, este monumento possui uma orientação E – W.
Bloco situado a E (à esquerda no esquema):
Mede 2,65 metros de comprimento, 1,30 metros de altura máxima e 2,0 metros de largura máxima. Neste bloco foi aberta uma cavidade alongada, muito perfeita, com as seguintes medidas:
Comprimento - 155 cm
Largura máxima (ao meio) - 60 cm
Profundidade máxima (a meio) - 30 cm
Profundidade mínima (junto do orifício de escoamento do líquido) - 20 cm
Comprimento da conduta de escoamento - 18 cm
Secção da conduta
Diâmetro vertical - 9 cm
Diâmetro horizontal - 7,5 cm
Lagar
Bloco situado a W (à direita no esquema)
O seu contorno é mais ou menos cilíndrico, com um diâmetro médio de 1, 40 metros.
Neste bloco foi obtida uma superfície plana que inclina em direcção ao bloco de E. Devido à sua inclinação relativamente ao eixo vertical, a forma desta superfície não é circular, mas sim oval. Os seus diâmetros maior e menor medem, respectivamente, 1,60 metros e 1,20 metros. A área funcional obtida é de, quase, 2 metros quadrados.
Nesta superfície foram cavados dois sulcos, convergentes no ponto de menor cota, onde existe uma depressão marginal, afunilada, com 15 cm de profundidade. Desta depressão, o líquido seria vertido, directa ou indirectamente na “pia” do primeiro bloco.
A profundidade e a largura dos dois sulcos convergentes referidos, vão aumentando, de modo a darem escoamento ao caudal crescente do líquido derramado naquela superfície.
1 – n – Pia cavada num monólito de granito. “Lagar”
“Lagar” Representação esquemática
Está situado a 15 metros de distância para N, da estrutura anterior, junto de um castanheiro. Este monólito de granito, móvel, possui uma forma grosseiramente losângica, e, nele, foi cavada uma “pia” com as seguintes medidas:
Comprimento - 153 cm
Largura máxima (ao meio) - 65 cm
Largura na extremidade oposta ao orifício de escoamento - 40 cm
Profundidade máxima (junto do orifício de escoamento) - 21 cm
Profundidade mínima (num dos rebordos laterais) - 6 cm
Comprimento do canal de de escoamento - 18 cm
Diâmetro do canal de escoamento
Mínimo - 6,5 cm
Máximo - 10 cm
Lagar
Como referi, este bloco de granito não é fixo. Foi para ali transportado intencionalmente. Creio que a posição que actualmente ocupa, não deva ser muito diferente da que ocupou no passado pelo facto de, à sua volta, se encontrarem vários blocos de granito com evidentes características de para ali terem sido transportados e que podem representar o resto de um muro limitante de uma área, no centro da qual se encontraria a estrutura descrita.
1 – o – Rochedo de granito com gravuras do tipo “covinhas”:
Rochedo de granito com “covinhas”
Situa-se a NW da estrutura anterior a uma distância de 15 metros.
Este rochedo encontra-se na sua posição natural e a superfície gravada emerge levemente do solo. Creio que se trata de um bloco de grandes dimensões que se alargará e penetrará profundamente no solo.
A superfície emersa onde se encontram as gravuras mede:
Comprimento - 4,40 metros
Largura máxima - 1,00 metros
A superfície gravada é quase horizontal, apenas com uma mais acentuada inclinação nos bordos.
O diâmetro das “covinhas” varia entre 1,5 cm e 17 cm. Predominam as de diâmetro médio à volta de 5 cm (mais de 50). A profundidade é variável sendo, sempre, muito pequena. A profundidade máxima é de 2,5 cm.
Além das 63 “covinhas” existe uma superfície marginal picada e aplanada de forma rectangular, com 8 cm de largura e 66 de comprimento.
Rochedo de granito com “covinhas”
1 – p – Rochedp de granito com “Gravuras Serpentiformes”:
Rochedo com “Gravuras Serpentiformes”
Situa-se à distância de 8 metros, para W, do “Rochedo das Covinhas”.
A superfície aflorante, gravada, está inclinada para E. As gravuras dispõem-se, também, no sentido do maior declive.
As gravuras “serpentiformes” são pouco profundas mas facilmente identificáveis. São em número de 17, variando o seu comprimento entre os 20 cm e 0s 135 cm. Seis destas gravuras possuem um comprimento igual ou superior a 1 metro.
Admito que as funções destas duas últimas estruturas – “Rochedo com covinhas” e “rochedo com gravuras Serpentiformes” – estejam relacionadas. Elas constituiriam, no conjunto, um “Santuário Rupestre de Ofiolatria”.
Rocha granítica com gravuras do tipo “Serpentiformes”
Nota: Nas proximidades destas duas estruturas, para N, julgo existirem vestígios de uma casa.
1 – q – Bloco Cilíndrico de granito
Bloco cilíndrico de granito, a NE e a cerca
de 100 metros da Muralha III
Encontra-se a N da estrutura 1 – n, a cerca de 50 metros, e faz parte de um muro de separação de propriedades. Encontra-se enterrado por uma das extremidades e levemente inclinado.
A porção emersa mede 65 cm. A secção transversal não perfeitamente circular: os seus diâmetros perpendiculares, maior e menor medem, respectivamente, 32 cm e 29 cm.
O granito de que é formado é equigranular, de grão médio e duas micas.
Como não o retirei do lugar, não medi o seu comprimento total.
Creio que se trata do “fuste” de uma coluna pertencente a uma construção que ainda não conhecemos mas que pode ter existido nas proximidades, a N. Há dados de observação local que apontam para a sua existência.
Espólio. Breve referência:
Só os materiais resultantes da escavação efectuada em Setembro de 1992 e orientada pelo Prof. Doutor Armando Coelho Ferreira da Silva, foram recolhidos num contexto estratigráfico.
Os restantes, a que farei referência, foram aparecendo, sucessivamente, entre as pedras e terras caídas das muralhas, quando se procedia ao restauro das mesmas.
O seu estudo ainda não foi feito!
Impossível descrever aqui, em pormenor, todos os materiais recolhidos. Limitar-me-ei a ferir, em linhas muito gerais, os principais tipos:
- um número muito elevado de fragmentos de cerâmica de diferentes tipos e épocas, incluindo alguns de “sigillata”.
- alguns fragmentos de “vasos de vidro”.
- um elevado número de “mós” e “fragmentos de mós”, todas do tipo circular em granito.
- instrumentos líticos, lascados e, por vezes levemente polidos, essencialmente de “quartzo”.
Nota: Dado que materiais idênticos a estes aparecem com frequência noutros locais da freguesia de Argeriz e da freguesia de Carrazedo de Montenegro, creio que eles merecem um estudo especial uma vez que, numa primeira observação, apontam para uma idade Paleolítica.
- uma “fíbula” e outros fragmentos metálicos, de função que desconhecço.
- um “alfinete de cabelo”, em cobre.
- dois “machados” de cobre.
Dadas as suas características especiais e os resultados de algumas análises efectuadas, julgo ser oportuna uma descrição mais pormenorizada destes trás últimos achados:
“Alfinete de Cabelo”:
“Alfinete de Cabelo”. Esquema e fotografia
Foi encontrado no dia 2 de Setembro de 1968, num carreiro entre as muralhas II e IV, a W, pelo Rev. Padre Manuel Alves do Forno (Pároco da vizinha freguesia de Santiago da Ribeira d’Alhariz), quando ali nos deslocámos para uma visita na companhia do nosso comum amigo Sr. Ernesto Eugénio Ferreira (Oficial da Marinha Mercante, em férias).
Este alfinete constitui o mais belo exemplar de todos os que me foi dado observar em colecções de museus de Arqueologia, conforme o esquema e fotografia documenta.
Características:
Mede, de comprimento, 5,8 cm. Julgo que o seu comprimento inicial teria, pelo menos, mais 1,5 cm. Este encurtamento deve-se à sua intensa oxidação.
De acordo com as variações de diâmetro e ornamentação, poderemos considerá-lo formado, longitudinalmente, por seis zonas:
Zona a: Mede 4 mm de diâmetro e 2 mm de comprimento. A ornamentação é constituída por uma estriação vertical, uma parte da qual desapareceu por oxidação.
Zona b: No seu conjunto tem a forma de dois troncos de cones, ligados pelas bases por meio de um disco com 7 mm de diâmetro e 1 mm de espessura. Os diâmetros dos dois troncos de cones variam entre 3,5 mm e 7 mm. Um deles, o posterior, mede 4 mm de altura e possui 5 estrias horizontais enquanto que, o outro, mede 3,5 mm de altura e possui, apenas, 4 estrias horizontais.
Zona c: Consta de três discos separados por duas estrias transversais e paralelas. Os dois discos laterais, iguais, medem menos de 1 mm de espessura e o disco central, com uma estriação vertical, mede 1,5 mm de espessura.
O diâmetro dos três discos é sensivelmente igual e mede 5,5 mm. Também aqui, parte do estriado desapareceu por oxidação.
Zona d: Com 11 mm de comprimento, tem a forma de um pequeno barril, alongado. O seu Diâmetro varia entre 4,5 mm, ao centro, e 3 mm nas extremidades.
A ornamentação é uma estria helicoidal com 13 voltas.
Zona e: É muito semelhante à zona c. A principal diferença reside na existência de dois discos com cerca de 0,5 mm de espessura cada um, situados de cada lado. No centro, o disco mede 3 mm de diâmetro de 2 mm de espessura.
Zona f: É a parte terminal, mais comprida (2,9 cm) e de menor diâmetro não possuindo, também e como é natural, qualquer espécie de ornamentação.
“Machados de cobre”
Pertencem à colecção particular do Exm.º Sr. Amílcar Costa, natural e residente em Carrazedo de Montenegro, que gentilmente os pôs à minha disposição para fotografar, analisar e descrever (O Sr. Amílcar Costa faleceu e, 10 de Outubro de 1990).
Representação esquemática dos dois “Machados de cobre”
Machado A:
Pesa 1,090 quilos e mede, de comprimento, 18,5 centímetros. A largura máxima, no gume, é de 5,5 cm e a espessura máxima de 2 cm. As medidas da extremidade oposta ao gume são, respectivamente, 2 cm e 8 mm.
A superfície é levemente áspera e, no gume, há vestígios (pequenas mossas) da sua utilização. Devido à oxidação, a sua superfície apresenta uma tonalidade esverdeada.
Em 7 de Março de 1988 requeri, ao laboratório da Direcção Geral de Geologia e Minas (S. Mamede de Infesta – Porto), uma análise química desta peça, tendo-se obtido os seguintes resultados
Parte superficial - 59,24% de Cu
Parte sub-superficial - 93,49% de Cu
Não foram determinados quais os elementos químicos correspondentes aos restantes cerca de 5% da sua composição.
Machado B:
É um pouco mais pequeno que o Machado A. Mede 13,5 cm de comprimento e 4,5 cm de largura máxima, no gume. As medidas da extremidade oposta ao gume são de 2,5 cm e 8 mm, respectivamente. A oxidação é, aqui, mais intensa e estende-se a uma maior superfície do que no machado A.
As duas superfícies laterais (anterior e posterior) mais estreitas, possuem, cada uma, uma pouco acentuada depressão longitudinal em forma de goteira. O gume apresenta indícios de ter sido afiado e não usado posteriormente.
Ma mesma data do machado A, também este (machado B) foi submetido a uma análise química no laboratório da Direcção Geral de Geologia e Minas, tendo sido obtidos os seguintes resultados:
Parte superficial - 48,65% de Cu
Parte sub-superficial - 90,72% de Cu
Tal como no caso anterior não foram determinados outros elementos presentes.
Nota:
Este machado foi estudado, pela primeira vez, pelo Exmº Sr. Engº Luís Albuquerque e Castro e os resultados desse estudo apresentados no I Colóquio Portuense de Arqueologia, em 1961, numa comunicação intitulada “UMA PEÇA DE COBRE DO CASTRO DE RIBAS”.
Dado o interesse desta comunicação para o estudo da evolução da “Cêrca de Ribas” vamos transcrever, de seguida, alguns dos seus parágrafos:
“O homem, escarnecendo de vetustade destas pedras, procede à sua destruição, pilhando-as e partindo-as para utilizar em muros de vedação e outros fins. Quando da nossa última visita, efectuada em 1959, lá os fomos encontrar na sua obra devastadora.
A cronologia absoluta deste Castro será de difícil determinação, dado que os achados nele realizados e nas encostas do cabeço pertencem a uma ocupação que vem desde o Neolítico (provável) e se estendem para além da época da ocupação romana. Aquela ocupação estará representada por um machado de xisto anfibólico (Neolítico), uma abraçadeira de bronze (de uma bainha de punhal?), cerâmica diversa, bases e tambores de columas, restos de uma residência com um pequeno tanque, duas moedas (hoje extraviadas, das quais, pela descrição que nos foi feita, uma parece ser ibérica), e um busto pré-romano incompleto que, por se encontrar com base, não é pertença de qualquer estátua quebrada.
A este material heterogéneo há ainda a acrescentar um machado metálico encontrado próximo da muralha de Noroeste por dois pedreiros, quando desfaziam blocos e partiam algumas pedras. Para não ser excepção sofreu os maus tratos da ambição humana para a verificação da matéria prima, não fosse de ouro…
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O machado foi, indubitavelmente, usado encabado, pois nele estão patentes as marcas do encabamento. O seu talão mostra não ter sofrido ou ter sido usado em martelamentos. A superfície encontra-se recoberta de uma patine esverdeada com fortes manchas verdes. Para o estudo e determinação dos elementos que entram na constituição desta peça realizou-se uma análise espectroquímica qualitativa que revelou uma grande percentagem de cobre e a presença de silício e alumínio, não tendo sido acusada a existência ou vestígios de antimónio, arsénico, estanho, prata ou zinco.
Em face destes resultados limitou-se o estudo à determinação quantitativa do cobre (Cu) e, por diferença de percentagem do conjunto de silício, alumínio e impurezas, com o objectivo de sacrificar o menos possível a peça.
Executaram-se 6 análises de três amostras colhidas na superfície (zona de oxidação), de uma amostra da parte intermédia e de duas de uma zona mais profunda.
No quadro seguinte indicamos os resultados:
a) Valor total do alumínio, silício e impurezas obtido por diferença
O exame deste quadro permite tirar as seguintes conclusões:
1º- que o principal constituinte da peça é o cobre, cujo teor aumenta da superfície para o interior, o que não de admirar por aquela estar oxidada;
2º- que o estanho não entra na sua constituição, o que permite afirmar, metalurgicament e, portanto, arqueologicamente, que não se trata de uma peça de bronze, mas sim, pura e simplesmente de cobre;
3º- que devido à ausência de arsénio e de outras substâncias, de difícil eliminação numa fundição primitiva, é de admitir que o machado haja sido obtido pela susão directa de um cobre nativo.
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Terá sido este, possivelmente o recurso que os fundidores primitivos usaram nas suas modestas fráguas.
Na região transmontana são conhecidos, com relativa abundância, vários jazigos de minério de estanho, mas em contrapartida ela é extremamente pobre em minérios de cobre.
Uma dúvida que fica. Se o machado foi fundido na região, e sendo esta rica em estanho, porque não teria sido incluído na fusão do cobre para obtenção de um produto melhor?
Como resposta podem aceitar-se duas hipóteses:
1ª- O machado não ser de produção autóctone;
2ª- Se o foi, os seus fundidores desconheciam ainda que adicionando estanho ao cobre obteriam um novo produto metalúrgico de melhores características para as suas necessidades.
Portanto, esses metalúrgicos, que conheciam a fundição do cobre, desconheciam ainda o bronze.
Cronologicamente, o machado será eneolítico.”
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