D. Pedro I de Portugal | http://upload.wikimedia.org
D. Pedro nasceu em Coimbra no dia 8 de Abril de 1320 e faleceu em Estremoz no dia 18 de Janeiro de 1837. Foi o quarto dos sete filhos (primeiro varão a chegar à vida adulta) de D. Afonso IV de Portugal e de Beatriz de Castela. Sucedeu a seu pai no trono em de Maio de 1357 passando a ser o 8.º monarca de Portugal e da 1.ª dinastia. Reinou durante quase 10 anos e da sua governação referem-no os cronistas, nomeadamente Fernão Lopes, como um bom administrador, frontal e impassível face à crescente influência papal sobre o país de que resultou, por exemplo a ousada promulgação do “Beneplácito Régio” uma determinação que conferia ao rei a prerrogativa de controlar a circulação de documentos eclesiásticos no reino. É também retratado pelos cronistas como um monarca de elevada compleição física, corajoso e decidido no domínio da política externa, o que o terá levado a imiscuir-se nos conflitos armados que existiam entre os reinos de Castela e Aragão, participando ao lado deste na invasão daquele. Foi também considerado pelo cronista um rei justo para com os povos ainda que por vezes extremamente temperamental e capaz de determinar a tomada de medidas bastante duras sobre os seus próprios servidores quando se tratava de defender a ordem e os bons costumes. Conta-se por exemplo que terá mandado castrar um seu escudeiro, homem da sua própria confiança e de grande popularidade pelas suas virtudes de lealdade e valentia, por lhe ter chegado aos ouvidos que dormia com uma mulher casada.
D. Pedro surge na história imortalizado pela sua profunda paixão e relação amorosa com a Inês de Castro, uma dama galega que entrou em Portugal acompanhando da sua segunda esposa, D. Constança Manuel relação essa que terá influenciado a política interna e perturbado algumas figuras proeminentes do conselho do rei, seu pai, D. Afonso IV que obtiveram do monarca o necessário consentimento para assassinar a inconveniente amante do príncipe, o que veio a suceder em 1355. A tragédia “A Castro”, titulo como que esta triste história foi divulgada a partir de António Ferreira, levou a que o inconsolado príncipe, depois de ver assegurada a sua coroação, não mais descansasse enquanto não vingasse o dramático fim da sua amada, conseguindo que pelo menos dois dos perpetradores pagassem brutalmente com a vida a afronta, tal o destino que tocou a Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves sendo a quem foram os corações arrancados, a um pelo peito e a outro pelas costas. Valeu-lhe este acto, a D. Pedro I, o cognome de “O Justiceiro” ou O “Cru”. A mágoa pela perda de Inês jamais esmoreceu no coração de “O Justiceiro” que, segundo a tradição a mandou desenterrar o seu corpo, a fez coroar Rainha de Portugal e ordenou criação de dois belos túmulos para si e para ela (que são consideradas como duas verdadeiras obras primas da escultura gótica portuguesa), colocados nas naves laterais do Mosteiro de Alcobaça, onde efectivamente jazem os dois eternos apaixonados.
Túmulos de Inês de Castro e D. Pedro | http://concursocastroines.blogspot.com
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