quarta-feira, 6 de abril de 2011

Fontes, chafarizes e marcos fontanários do concelho de Valpaços – Água Revés e Crasto 3

Transcrição do texto de Adérito Medeiros Freitas
Recriação gráfica pseudo-faiança de Leonel Salvado


FREGUESIA DE ÁGUA REVÉS E CRASTO  – Crasto I

Crasto 

Tema: Observação de A.  Veloso Martins sobre a povoação do Crasto | Objecto: prato
criação digital e adaptação: Leonel Salvado
(clique sobre a imagem para aumentá-la)


 Fonte Chafariz


Tema: Fonte do Lugar da Fonte, Crasto | Objecto: prato
Foto – base: Adérito M. Freitas | criação digital e adaptação: Leonel Salvado
(clique sobre a imagem para aumentá-la)

Localização: Crasto
Lugar: Da Fonte
Altitude: 286 metros   Longitude: 7º 19’ 28,2’’ W   Latitude: 41º 33’ 42,0’’ N
Ano de construção: 1953 (C. M. V.)
Material de construção: Granito equigranular de grão médio a grosseiro, com moscovite e biotite e cor levemente amarelada devido à alteração química da biotite.

Características gerais: Toda em granito, a estrutura central desta fonte conta, essencialmente, de um muro com duas fachadas, em cada uma das quais se encontra uma bica dotada de torneira. A porção central deste muro, de contorno poligonal, é mais elevada e mede 1,90 m de altura e 2, 20 m de largura. Na fachada anterior vemos uma superfície central rebaixada, aproximadamente semicircular, limitada por uma moldura de largura variável, dado o carácter poligonal dos seus contornos. Na fachada posterior é um sulco que limita uma superfície não rebaixada, também semicircular. Para um e outro lado, esta estrutura central da fonte continua-se por um muro baixo, com 1,38 m de comprimento, 62 cm de altura e 25 cm de largura. No topo de cada um destes muros laterais está escavada uma depressão alongada com 1,24 m de comprimento, 13 cm de largura e 9 cm de profundidade, que julgo tratar-se de duas floreiras uma das quais, a da esquerda, se encontra parcialmente partida.
Adoçadas a esta fachada principal, anterior, temos: no topo da superfície deprimida, uma almofada rectangular com os vértices truncados por arestas curvas, que mede 26,5 cm de comprimento e 20 cm de largura, onde estão gravados o ano da sua construção (1953) bem como as iniciais referentes à entidade responsável (C. M. V.). Imediatamente por baixo da almofada rectangular, uma almofada circular com 17 cm de diâmetro e 2 cm de espessura, do centro da qual sai uma bica dotada de torneira. Por baixo desta e apoiado no pavimento lajeado por duas colunas de granito com 30 cm de altura e superfícies frontais cilíndricas, um bloco paralelepipédico de granito com 33 cm de espessura, que possui escavada uma pia rectangular com 65 cm de comprimento, 25 cm de largura e 12 cm de profundidade média. Sobre esta pia e colocadas transversalmente, barras de ferro forjado, que formam um apoio para os cântaros.
Como se compreende, a torneira presente nesta fachada principal destina-se, essencialmente, à recolha de água para abastecimento doméstico. Ainda frontalmente e encostados a cada uma das floreiras descritas existem, como é tradição em praticamente todas as fontes, dois bancos de granito, um de cada lado e que medem, respectivamente, 1,10 m de comprimento, 38 cm de largura e 40 cm de altura. Cada laje que forma o assento do banco possui 24 cm de espessura e está apoiada em dois blocos de granito com as suas superfícies frontais cilíndricas, tal como acontece com os dois apoios referidos para a pia frontal, mas com 16 cm de altura cada.
Na fachada posterior existe também, tal como na frontal, uma bica dotada de torneira, que debita água directamente para um tanque rectangular, que mede 1,60 m de comprimento, 1,40 m de largura e 75 cm de profundidade. As lajes de granito que o formam possuem 20 cm de espessura. Além de outras possíveis funções este tanque serve, também, para bebedouro.

Adérito M. Freitas, Concelho de Valpaços, FONTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA…, C.M.V., Vol. I, 2005, pp. 52-53.

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