sábado, 21 de maio de 2011

484.º Aniversário do nascimento de Filipe I, rei de Portugal

Retrato de Filipe II de Espanha (Filipe I de Portugal)por Alonso Sánchez 
Coello (1527-1590), Museu del Prado, Madrid | http://pt.wikipedia.org

Designado como Filipe de Habsburgo e Avis, Filipe II de Espanha (I de Portugal) nasceu em Valladolid em 21 de Maio de 1527 e faleceu em El Escorial no dia 13 de Setembro de 1598. Foi o 18º rei de Portugal (se não tivermos em conta D. António, o prior do Crato, que reinou de facto, embora por aclamação apenas dos seus partidários, durante um breve período de tempo, entre 9 e 17 de Julho de 1580, e reconhecido ainda como rei nos Açores até 1583), sucedendo formalmente, isto é segundo as listas mais conhecidas dos reis de Portugal, ao cardeal-rei D. Henrique I em cujas listas se interpõe entre 31 de Janeiro de 1580 e 17 de Junho de 1580 um governo exercido por um conselho de governadores do reino de Portugal, o mesmo que, nesta última data, reconheceu por maioria em Castro Marim a legitimidade de Filipe ao trono português. Embora a partir desta mesma data passasse a governar parcialmente o país, só a partir de 17 de Abril de 1581, após sua legitimação nas Cortes de Tomar, é que se tornou de jure rei de Portugal, legitimação essa apenas ensombrada pela resistência açoriana até ao referido ano de 1583. É, portanto, sob reserva destas nuances, que Filipe I surge considerado como o 18.º rei de Portugal, sendo também por vezes mencionado como um continuador da dinastia de Avis na qualidade de filho da primogénita de D. Manuel I, Isabel de Portugal, pelo seu casamento com Carlos V. Contudo, a dinastia é mais frequente e simplesmente designada de filipina por ter sido por ele inaugurada, sucedida por seu filho, Filipe II, e terminada com seu neto, Filipe III de Portugal com a Restauração da independência, em 1640.
Com Filipe I consumou-se a união ibérica, favorecida pela crise dinástica portuguesa irremediavelmente ditada pela morte de D. Sebastião em Alcácer Quibir e pelas fragilidades evidenciadas na defesa dos direitos à sucessão da coroa de Portugal dos três restantes candidatos: Emanuel Felisberto, duque de Sabóia, filho da infanta D. Beatriz, casada com Carlos III anterior titular do ducado, também aquela filha de D. Manuel; D. António, Prior do Crato, a que nos referimos, filho do infante D. Luís e, por isso, neto paterno de D. Manuel; D. Catarina, duquesa de Bragança, filha legítima do infante D. Duarte que por sua vez era igualmente filho de D. Manuel; o duque de Parma, Alexandre Farnésio, neto materno do mesmo infante D. Duarte.
Herdeiro do Sacro Império Romano Germânico e rei de Espanha e de Portugal, coube-lhe governar um vastíssimo território nos quatro continentes, reflectindo-se gravemente em Portugal a progressiva decadência do império dos Habsburgos durante os cerca de 60 anos que se seguiram à sua coroação neste país.

Para aceder a mais pormenores sobre o reinado de Filipe I de Portugal clique AQUI.

2 comentários:

  1. Olá, estou chegando agora e visitando este espaço de bela cultura.Adoro história em seu contexto, sempre fui fascinada com a história antiga,sua arte, sua etnia,religião costumes.Tomei de liberdade e já sou uma seguidora.Espero que me visite,no qual ficarei muito agradecida.
    Obrigado.

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  2. Bem vinda Fénix27! A sua adoração pela história em seu contexto é também aquilo que nos motiva a manter este blogue tal como nos motiva , e nos honra, a sua decisão em ser nossa seguidora. Ainda não tivemos disponibilidade para a visitar, mas logo que isso for possível deixaremos um sinal da nossa presença.
    Bem-haja.

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