
De facto, era no tanque onde se cruzavam notícias, revelavam segredos e ansiedades, escorriam lágrimas de tristeza ou alegria e, na maior parte das vezes, se lavava a roupa suja em ambos os sentidos da expressão.
Para além de tudo isto, o tanque, com a sua vocação essencialmente feminina, proporcionava ainda muitas satisfações aos homens, constituindo o espaço de breves trechos de derriço ou de troca de olhares insinuantes com piropos à mistura, revelando-se o sucessor da “fontana” ou do “rio” das “Cantigas de Amigo” dos nossos poetas da Idade Média.
As raparigas usavam-no como pretexto e álibi para encontros mais demorados com os seus “amigos”.
Actualmente, o tanque colectivo encontra-se em vias de extinção, encontrando-se apenas um exemplar no Bairro das Lages, na freguesia de Valpaços.
Na imagem pode ver-se o antigo Tanque Novo, do qual só já resta a toponímia, mas que vai ser recordado com monumento alusivo, na rotunda próxima da sua anterior localização.
Gostei de ver o antigo tanque novo de Valpaços na internete.Sinto saudades dos anos 50,pelos momentos que alegres que passei naquele local.
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