quinta-feira, 1 de abril de 2010

“Traição de Valpaços ou Traição a Valpaços?”

Um episódio de 1895…

Cento e catorze anos depois é reeditada a história de um acontecimento que marcou as gentes valpacenses. Depois de “Partido Progressista de Valpaços”, foi apresentada mais uma obra de José António Silva.
No domingo passado, inserido no programa da XII Feira do Folar de Valpaços, foi apresentado um livro, relativamente, pequeno, mas com uma “notável história”, sobretudo para os valpacenses.
“Traição de Valpaços ou Traição a Valpaços?” foi dado a conhecer por Francisco Tavares. O autarca valpacense deu uma verdadeira lição de história sobre dados ocorridos no concelho de Valpaços, que são relatados no livro, cujo protagonista é um antigo presidente da câmara, Miguel Machado, mais conhecido por Miguel de Fiães ou “coveiro da monarquia”, “representante legitímo dos interesses de Valpaços, discordando da decisão que pôs em causa a delimitação geográfica do concelho, adoptando a defesa que achou tanta conveniente contra quem ofensa fez ao povo valpacense.
Contrariando tal decisão, pagou com desprezo público e partidário, mas não se vergou aos vícios do poder, manteve a integridade de carácter que define a grandeza da alma dos grandes homens”. Francisco Tavares contextualizou a obra no panorama nacional e regional numa altura em que o concelho teria cerca de 30 mil habitantes e só se podia votar com 21 anos e com instrução primária.
A ideia de relatar o episódio “singular da história de Valpaços” surgiu através de um amigo do autor, Augusto Mesquita, de 85 anos, que lhe ofereceu duas publicações que ainda guardava “O Ataque do Sr. Teixeira de Sousa e ”A Minha Defesa”. José António Silva enriqueceu a reedição com “preâmbulo e perfis biográficos das personalidades em causa, acrescentando-lhe os respectivos retratos e mais iconografia possível”, afirmou, esperando “contribuir para a divulgação da memória cultural do concelho de Valpaços e deixar à disposição dos vindouros um material mais acessível para possíveis estudos concelhios”.
De ressaltar, ainda, as cópias dos jornais da época, que constam das páginas do livro, que confirmam a notoriedade que o acontecimento teve naquela época, sendo falado na imprensa durante vários meses.

Por: Cátia Mata
In http://www.avozdechaves.com/index.asp?idEdicao=385&id=14944&idSeccao=3410&Action=noticia

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