A 8 de Agosto de 1709, o padre jesuíta inventor, Bartolomeu de Gusmão, apresentou em Lisboa, na Sala dos Embaixadores da Casa da Índia, perante a estupefacção de uma numerosa e ilustre assistência, onde se incluía o Casal Real e o Núncio Apostólico, a sua máquina voadora, ao fazer aí uma demonstração técnica das suas potenciais capacidades fazendo subir até ao tecto um balão aquecido a ar. Para alguns autores, a espectacularidade desta demonstração trouxe a Bartolomeu de Gusmão o apoio e a confiança necessária para a concepção de uma versão maior e tripulada do seu engenho que supostamente teria sido testada com sucesso. O engenho foi então baptizado de «a Passarola» e o padre voador, como então se passou a chamar, foi considerado um dos mais importantes pioneiros da aeronáutica a nível mundial, por esta sua proeza, cerca de 70 anos antes do célebre balão dos Montgolfier. José Saramago deixou-nos uma descrição deste extraordinário acontecimento no Memorial do Convento. Para outros, a Passarola nunca voou, e o célebre desenho que lhe está associado não passa de uma criação exótica fruto da curiosidade e da imaginação de um jovem aristocrata que foi aluno de Matemática do inventor cujas experiências com aeróstatos também ficaram muito aquém das suas expectativas e dos acreditavam no seu sucesso, tendo Bartolomeu de Gusmão passado os seus últimos anos em Portugal no meio de grande desilusão e de resignação. Vendo-se perseguido pela Inquisição, mudou-se para Toledo, onde veio a falecer a 18 de Novembro de 1724.
Mas quem foi este padre inventor? Em que consistiu exactamente a sua invenção?
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