domingo, 24 de outubro de 2010

Ciência procura explicar o “milagre de Moisés” descrito no “Livro do Êxodo”


O Diário de Notícias na sua edição de 22 de Setembro de 2010, no Tag Ciência, trouxe a lume uma reportagem sobre uma possível interpretação científica acerca do fenómeno descrito na Bíblia, no Livro do Êxodo, e religiosamente designado como o “milagre da separação das águas” do Mar Vermelho. Trata-se de uma investigação publicada no dia anterior à edição no DN por uma equipa de investigadores do NCARCentro norte-americano para a Pesquisa Atmosférica, baseada em ponderações científicas sobre as probabilidades de ocorrências naturais condizentes com as descrições bíblicas nessa região específica do Mediterrâneo, em testes de simulações por computador e em relatos de fenómenos semelhantes ocorridos no século XIX. A notícia já suscitou acesa polémica da parte dos seus vários comentadores que se dividem entre o incondicional apego à veracidade da interpretação da mensagem religiosa e a absoluta defesa desta novidade científica. Ao que parece, a controvérsia mantém-se acesa e promete, compreeensivelmente, continuar assim. Para uma reflexão com a maior objectividade possível por parte dos nossos leitores (que optarem por continuar a ler este artigo), propus-me contrapor aqui duas interpretações distintas acerca do mesmo fenómeno: a primeira, escolhida aleatoriamente, foi publicada no blogue Igreja Evangelista, Avivamento da Fé, a 5 de Maio de 2010, e a segunda, é a da notícia mencionada em epígrafe.


Travessia do Mar Vermelho
Por Avivamento da fé, 5 de maio de 2010

Há milhares de anos atrás, os homens de paz já vivenciavam grandes milagres, que até nos dias atuais nos intriga muito, pela forma de como Deus se manifestava em favor de seu povo, para resguardar o homem, Deus interveio milagrosamente na grande travessia do povo de Israel pelo mar vermelho, naquele tempo os israelitas tinham uma concepção de que o mar era uma manifestação do mal, pois acreditavam que no final das águas do mar, dava-se em um grande e verdadeiro precipício, eles não tinham o conhecimento, a noção que o mundo era redondo e pensavam que o fosse quadrado surgindo ai a expressão "nos quatro cantos do mundo"e acreditavam que este mundo quadrado fosse sustentados por enormes colunas.
No grande episódio da travessia do mar vermelho (Ex 14,1-31), quando Deus se manifestou mandando um forte vento soprar contra as águas do mar permitindo que elas se abrissem, formando então gigantescas colunas laterais de águas, permitindo assim deste modo dar passagem ao povo de Israel, Ele de uma só vez extermina, arrasa os Egípcios, pois permite que o exército do Faraó com suas modernas carruagens de guerra adentro ao mar aberto e em um piscar de olhos ordena que as águas se fechem, acabando de vez com a arrogância e a prepotência do grande e temido Faraó.
Deus destruiu todo o mal em uma única ação, afundou o mal no próprio mal, o Faraó bebeu então de seu próprio veneno. Podemos imaginar facilmente hoje como Cristão, que tal episódio fora sem dúvidas um grande milagre, uma manifestação divina, celestial. Os grandes cientistas tentam nos dias atuais desvendar, dar explicações para este grande ministério, mas não chegam a lugar algum, com a mesma precisão do que com os relatos bíblicos chegam.
Caro leitor feche por um instante os seus olhos, e comece a imaginar por uma cena um pouco chocante, onde por um lado temos um enorme exército armado, com inúmeras carruagens, cavalos velozes carregando soldados com suas lanças pontiagudas prontas para nos atacar sem compaixão alguma, e por outro lado vemos um povo humilde, maltrapilho em farrapos sem nenhum armamento, transportando seus pertences pessoais, tais como seus animais domésticos, bois, jumentos, cabras, carroças cheias de mantimentos e objetos de estimação, estando ainda famintos, cansados, com sede, acompanhados por seus entes queridos, como esposas, filhos, pais, avós que são pessoas idosas, ou seja, deste lado havia então muitas mulheres, crianças, doentes e sem nenhum treinamento especifico para um combate desta magnitude. Podemos então facilmente imaginar quem seria o grande vencedor sem esforço algum, o massacre estava para dar seu inicio. Mas neste momento o amor infinito de Deus se revela de uma maneira extravagantemente bela e salva seus amados das mãos de um sanguinário e impiedoso faraó abrindo milagrosamente um caminho até então jamais imaginável por alguém, totalmente impensável, e salva a todos das garras deste terrível predador. Deus tinha um propósito na vida daquelas pessoas da mesma forma que tem também nas nossas vidas e Ele está pronto a todo o instante para nos livrar das mãos dos nossos inimigos, só depende de nós mesmos.
Fica aqui um grande questionamento, será que este povo na hora do extremo desespero clamou por proteção e salvação a Deus? Sem nenhuma dúvida acredito que sim, pois o clamor foi tão forte naquele momento que Deus veio em seu auxílio, que já não tinha mais nenhuma esperança de sobreviverem, pois estavam todos de um lado encurralados pelo grande exército do Faraó, de outro lado o terrível Mar Vermelho, Deus usou Moisés por ser ele um homem de fé, bom e justo, Deus também quer nos usar para seus projetos de vida, mas para que isso ocorra devemos dar um sim espontaneamente a Ele, nada deve ser feito forçosamente, mas sim naturalmente. Deus nos conhece a fundo e sabe das nossas necessidades.

In http://avivamentodafee.blogspot.com/2010/05/travessia-do-mar-vermelho.html
Imagem: Id.

Mar Vermelho - 'Milagre' da separação das águas 'explicado'
por DN.pt, 22 de Setembro 2010

O episódio bíblico descrito no Livro do Êxodo, segundo o qual Moisés terá 'separado as águas' do Mar Vermelho para permitir a fuga do povo de Israel do Egipto, pode ter encontrado uma explicação científica: um forte vento de Leste capaz de afastar a água de uma zona de pouca profundidade e deixar o solo descoberto durante algumas horas.
Investigadores do Centro norte-americano para a Pesquisa Atmosférica (NCAR) e da Universidade do Colorado publicaram ontem, na revista científica PloS, os resultados de um estudo através do qual pretendem provar como um forte vento vindo de Leste – a cerca de 101 km/hora (63 milhas/hora) –, soprando durante aproximadamente 12 horas, poderia criar um fenómeno de “separação das águas”.
As descrições bíblicas correspondem às hipóteses colocadas no estudo, de que o vento teria soprado durante várias horas e “aberto”, depois, uma passagem no Mar.
Os cientistas fizeram simulações por computador, tendo em conta a topografia da região à época (cerca de três mil anos atrás). Os modelos mostram que os sedimentos existentes no Delta do Nilo criavam um “braço” de solo habitualmente submerso, mas a pouca profundidade – cerca de 1,8 metros. O fenómeno descrito seria capaz de criar uma passagem seca durante quatro horas.
Com o vento a incidir durante tanto tempo, a água ter-se-á deslocado para o lago de Tanis –, criando uma passagem no Mar Vermelho, fenómeno explicado pela dinâmica dos fluidos.
O estudo indica ainda relatos de fenómenos semelhantes ocorridos na mesma zona, no século XIX.

Simulação do fenómeno


In http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1668355&seccao=Sabia%20que
Para consultar uma notícia relacionada com este tema e publicada na mesma fonte e data, clique AQUI.

2 comentários:

  1. Aqui o que verdadeiramente importa é identificar correctamente qual o mar que está em causa. Não existe qualquer referência de que se trata do Mar Vermelho. Tudo indica que tenha sido o "Mar de Juncos" - que é mais um pântano do que propriamente um Mar propriamente dito.

    ResponderEliminar
  2. Bem entendido caro Micael, desde que se entenda que esta investigação não lhe pareçe minimamente credível.

    Essa é outra questão e que os investigadores da NCAR preferiram ignorar, pois perante a notícia o que eles procuram demonstrar é, tão só a confirmação cientídica das descrições bíblicas acerca da "separação das águas", do MAR VERMELHO. Por outro lado, questão da alterantiva avançada para o "Mar de Juncos" é outra das possibilidades há já mais tempo adiantada por certos investigadores, um dos quais de grande dedicação à Igeja católica. O problema é que o significado do “Yam Suph”, em hebraico, que os próprios estudiosos bíblicos consideram ser não o Mar Vermelho, mas o "Mar de Caniços" (ou de Juncos, como refere)situado não entre a África e a Arábia, mas próximo do delta do Nilo,não é irreconciliável com a interpretação desse fenómeno "milagroso" à luz de uma dinâmica de interpretação científica natural.Haja em vista o que já tem sido ventilado a respeito deste assunto, por exemplo em:

    http://feeliberdadecrista.blogspot.com/2010/10/pesquisadores-desejam-provar-segundo.html

    Ps: Numa tentativa anterior enviei um url errado

    ResponderEliminar