D. Herique, o cardeal-rei | in http://pt.wikipedia.org
O Cardeal - Rei
Henrique nasceu em Lisboa a 31 de Janeiro de 1512 e faleceu em Almeirim, curiosamente, no mesmo dia e mês do ano de 1580. Estamos, portanto, a um ano do dos 500 anos do seu nascimeto. Foi o quinto filho varão de D. Manuel I e de sua segunda mulher, D. Maria de Aragão, manifestando desde infância a sua vocação pela vida religiosa em detrimento da vida política, acabando a sucessão do trono por ser assegurada, mais tarde, por seu irmão mais novo, D. João III. Mas as circunstâncias que se seguiram ao falecimento do monarca na menoridade do neto deste, D. Sebastião (filho póstumo do Príncipe João de Portugal e da Princesa D. Joana) e a crise dinástica advinda mais tarde com a morte d’o Desejado fizeram com que o já então cardeal D. Henrique se visse na obrigação de assumir a governação do País: Primeiro como Regente, em 1562 dada a menoridade do seu sobrinho de segundo grau e a abdicação da cunhada D. Catarina de Áustria que, após 5 anos de desgostosos serviços nessa função, decidiu recolher-se ao Paço de Xabregas, profundamente agastada com o neto; depois como rei, tendo sido assim aclamado em Lisboa em 1578, logo que foi confirmada a morte de D. Sebastião, reinando Portugal até ao fim da sua vida.
Foi assim o 17.º rei de Portugal (último da dinastia de Avis) e foi cognominado de “o Casto”, “o Cardeal-rei”, “o Eborense” ou “o de Évora”. Pela sua condição eclesiástica, avançada idade e, consequentemente, pelos poucos anos do seu reinado não pudera (nem tal, em boa verdade, se afigurava possível) o Cardeal-rei resolver a crise dinástica que atormentava os povos nem ser por estes recordado com o halo de dignidade de que se viu revestido pela sua obra religiosa e cultural (não fosse ele afinal, o legítimo fundador da Universidade de Évora, entregue pela sua mão à Companhia de Jesus, como lhe faz justiça um dos seus cognomes!). A tais problemas juntou-se ainda a hostilidade dos Habsburgos junto da Santa Sé, cujo Pontífice, ele próprio da Casa dos Habsburgos, indeferiu o seu pedido de renúncia da função clerical formulado com o objectivo de obter noiva e assegurar a continuidade dinástica, posto que a não provada legitimidade de D. António Prior do Crato, um dos possíveis candidatos à sucessão, foi sempre invocado pelo Cardeal-rei para lhe negar esse direito. Durante o mesmo ano da morte deste, porém, ainda que por alguns meses, logrou o Prior do Crato governar Portugal e, tendo-se esfumado a continuidade do seu reinado devido às determinações emanadas das Cortes de Tomar, em 17 de Abril de 1581 e da coroação de Filipe II de Espanha como Filipe I de Portugal, em 1583, ainda era reconhecido como rei nos Açores. Não consta, apesar de tudo, nas listas dos reis de Portugal da esmagadora maioria das historiografias.
Foi assim o 17.º rei de Portugal (último da dinastia de Avis) e foi cognominado de “o Casto”, “o Cardeal-rei”, “o Eborense” ou “o de Évora”. Pela sua condição eclesiástica, avançada idade e, consequentemente, pelos poucos anos do seu reinado não pudera (nem tal, em boa verdade, se afigurava possível) o Cardeal-rei resolver a crise dinástica que atormentava os povos nem ser por estes recordado com o halo de dignidade de que se viu revestido pela sua obra religiosa e cultural (não fosse ele afinal, o legítimo fundador da Universidade de Évora, entregue pela sua mão à Companhia de Jesus, como lhe faz justiça um dos seus cognomes!). A tais problemas juntou-se ainda a hostilidade dos Habsburgos junto da Santa Sé, cujo Pontífice, ele próprio da Casa dos Habsburgos, indeferiu o seu pedido de renúncia da função clerical formulado com o objectivo de obter noiva e assegurar a continuidade dinástica, posto que a não provada legitimidade de D. António Prior do Crato, um dos possíveis candidatos à sucessão, foi sempre invocado pelo Cardeal-rei para lhe negar esse direito. Durante o mesmo ano da morte deste, porém, ainda que por alguns meses, logrou o Prior do Crato governar Portugal e, tendo-se esfumado a continuidade do seu reinado devido às determinações emanadas das Cortes de Tomar, em 17 de Abril de 1581 e da coroação de Filipe II de Espanha como Filipe I de Portugal, em 1583, ainda era reconhecido como rei nos Açores. Não consta, apesar de tudo, nas listas dos reis de Portugal da esmagadora maioria das historiografias.
A vida Religiosa do Cardeal D. Henrique
Vamos expor uma súmula da vida e obra religiosas deste cardeal que também foi rei em Portugal.
«Bem cedo na sua vida, Henrique recebeu o sacramento da ordenação, para promover os interesses portugueses na Igreja Católica, na altura dominada pela Espanha. Ele subiu cedo na hierarquia da Igreja, tendo sido rapidamente Arcebispo de Braga, primeiro Arcebispo de Évora, Arcebispo de Lisboa e ainda Inquisidor-mor antes de receber o título de Cardeal (sendo portanto um cardeal-infante), com o título dos “Santos Quatro Coroado”s (1546).
Não pelas suas mãos, mas com sua autorização dada ao Frei Luís de Granada (dominicano) que editou em português uma obra sua, intitulada "Meditações e homilias sobre alguns mysterios da vida de nosso Redemptor, e sobre alguns logares do Santo Evangelho, que fez o Serenissimo e Reverendissimo Cardeal Infante D. Henrique por sua particular devoção" em Lisboa, editada por Antonio Ribeyro, em 1574. Esta obra, em português, visava substituir a palavra oral pela escrita, num esforço de chegar às recuadas aldeias onde dificilmente chegava, pela escassez de religiosos conhecedores do Latim. Foram publicadas em Latim pelos Jesuítas em 1576 e depois em 1581.
Embora nunca tenha assistido a qualquer conclave, chegou a ser apontado como um dos favoritos a suceder no trono de São Pedro nos dois conclaves de 1555. Inclusivamente, o seu irmão João III de Portugal pediu ao cunhado, o imperador Carlos V que favorecesse a ascensão do seu irmão ao sólio pontifício, através da compra dos votos do Colégio dos Cardeais.
Henrique, mais do que ninguém, empenhou-se em trazer para Portugal a ordem dos Jesuítas, tendo utilizado os seus serviços no Império Colonial.»
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