sábado, 15 de janeiro de 2011

579.º Aniversário do nascimento de D. Afonso V

Por Leonel Salvado
D. Afonso V, rei de Portugal
D. Afonso V de Portugal, (Sintra, 15 de Janeiro de 1432 - Sintra, 28 de Agosto de 1481), foi o décimo-segundo Rei de Portugal, cognominado o Africano pelas conquistas no Norte de África. Filho do rei Duarte I, sucedeu-o em 1438 com apenas seis anos. Por ordem paterna a regência foi atribuída a sua mãe, Leonor de Aragão mas passaria para o seu tio D. Pedro, Duque de Coimbra, que procurou concentrar o poder no rei em detrimento da aristocracia e concluiu uma revisão na legislação conhecida como Ordenações Afonsinas. Em 1448 D. Afonso V assumiu o governo, anulando os editais aprovados durante a regência. Com o apoio do tio homónimo Afonso I, Duque de Bragança declarou D. Pedro inimigo do reino, derrotando-o na batalha de Alfarrobeira. Concentrou-se então na expansão no norte de África, onde conquistou Alcácer Ceguer, Anafé, Arzila, Tânger e Larache. Concedeu o monopólio do comércio na Guiné a Fernão Gomes, com a condição de este explorar a costa, o que o levaria em 1471 a Elmina, onde descobriu um florescente comércio de ouro cujos lucros auxiliaram o rei na conquista. Em 1475, na sequência de uma crise dinástica, D. Afonso V casou com a sobrinha Joana de Trastâmara assumindo pretensões ao trono de Castela, que invadiu. Após fracassar na batalha de Toro, com sintomas de depressão, D. Afonso abdicou para o filho, D. João II de Portugal, falecendo em 1481.
Origem: Wikipedia, a enciclopédia livre – transcrição integral

Ler artigo completo
WikipédiA


A acção de D. Afonso V em “terras de Valpaços”
Diga-se por curiosidade, a respeito da acção deste monarca por terras de Monforte de Rio Livre e de Chaves que hoje integram os concelhos desta cidade e o de Valpaços, que foi o próprio D. Afonso V quem instituiu o título dos condes de Atouguia, por decreto de 17 Dezembro de 1448, destinado a D. Álvaro Gonçalves de Ataíde, que viveu entre cerca de 1390 e 1452 e em reconhecimento dos serviços militares que este triunfalmente prestou àquele monarca, de quem aliás foi aio, e ao duque de Bragança, contra D. Pedro o Regente, na dramática batalha de Alfarrobeira, passando assim a ser, Álvaro Gonçalves de Ataíde, o primeiro conde de Atouguia, e nomeado ainda alcaide de Atougia e mais tarde de Coimbra. Ora, este primeiro conde de Atouguia foi filho de Martim Gonçalves de Ataíde, alcaide-mor de Chaves e de Dona Mécia Vasques Coutinho, aia dos infantes da “ínclita geração”, mas, ao contrário do se possa pensar, o primeiro conde de Atouguia, não sucedeu ao pai na guarda da praça de Chaves, antes se vira nomeado, entretanto, alcaide de Vinhais e de Monforte do Rio Livre. Julgo ter começado por essa época a esboçar-se o senhorio dos Ataídes nas terras do termo de Monforte e de algumas das que actualmente integram o concelho de Chaves. Surgem, por exemplo, referências aos condes de Atouguia desde 1527 (Cadastro da População do Reino) atribuindo-lhes os senhorios de terras do actual concelho de Valpaços, como acontece com D. Afonso de Ataíde (apontado como o 3.º conde de Atouguia), em relação ao lugar de Fornos do Pinhal, sucendendo o mesmo em registos dos primórdios do século XVIII, nos quais se diz que foram senhores das terras das antigas abadias de Bouçoais, Santa Valha e Sonim e lugares adscritos destas duas, como Fornos do Pinhal e Barreiros, respectivamente, e comendadores na Ordem de Cristo de S. João de Castanheira, também conhecida como “Cima de Villa” (integrando lugares como Lebução, Ferreiros, Parada e Ribeira, Sanfins, Aveleda e Vales, Pedome e Moreiras), e de Oucidres (abrangendo os lugares de Alvarelhos, Lama de Ouriço, Monte de Arcas e Tinhela), do que ainda se faziam eco os documentos dos meados da mesma centúria, comummente designados de "Memórias Paroquiais".

Sem comentários:

Enviar um comentário