sábado, 19 de março de 2011

407.º Aniversário do nascimento de D. João IV

Retrato de D. João IV | http://freamundense.blogspot.com
 
Nascido no Paço ducal de Vila Viçosa, a 19 de Março de 1604, D. João IV foi o 22.º rei de Portugal e o fundador da 4ª dinastia, a dinastia da Bragança, que só viria a terminar em 1889 no Brasil e em 1910 em Portugal, ali em resultado do golpe republicano de 15 de Novembro de 1889, que pôs termo à família imperial brasileira dos ramos e Patrópolis e de Vassouras, os ramos de Orleães e Bragança em disputa, reinando a princesa Isabel de Bragança e Bourbon e aqui em resultado do golpe republicano de 5 de Outibro 1910 que pôs termo à monarquia da Casa de Bragança, reinando D. Manuel II da Casa de Bragança - Saxe - Coburgo e Gota. Nascido de Teodósio II, sétimo duque de Bragança, e de sua mulher, a duquesa Ana de Velasco y Girón, nobre castelhana, D. João IV era o herdeiro do senhorio da casa ducal de Bragança, 8.º duque de Bragança, 5.º duque de Guimarães. 3.º duque de Barcelos, 7.º marquês de Vila Viçosa e conde de Barcelos, Guimarães, Arraiolos, Ourém e Neiva, quando subiu ao trono de Portugal após a Restauração da Independência de Portugal na qualidade de trineto do rei D. Manuel I, por via de D. Catarina duquesa de Bragança que era sua avó paterna. Recebeu o cognome de” O Restaurador”, por conseguir obter Restauração da independência do Reino relativamente ao domínio da Casa real estrangeira dos Habsburgos (a dinastia filipina) e também o cognome de “ O Afortunado” em virtude de a coroa lhe ter tocado não por intervenção e vontade própria, mas da própria esposa, D. Luísa de Gusmão.

Foi rei de Portugal entre 1 de Dezembro de 1640, por golpe de estado seguido de aclamação, e 6 de Novembro de 1656, data da sua morte no Palácio da Ribeira, em Lisboa, sendo sucedido no trono por D. Afonso VI devido à morte acidental prematura do herdeiro presuntivo e primeiro filho Varão, D. Teodósio em 1653. D. João IV sucumbiu ao “mal de gota e da pedra” que o atormentava desde 1648, cedendo a regência à esposa, D. Luísa de Gusmão.
O consagrado historiador Joaquim Veríssimo Serrão, reagindo às intenções depreciativas da historiografia liberal relativamente à actuação deste monarca, saiu em sua defesa, salientando a sua energética acção na defesa das fronteiras do reino e os esforços diplomáticos por ele instruídos nas cortes adversas, no sentido de garantir os melhores tratados de paz ou de tréguas, e noutras cortes, no sentido de garantir auxílio militar e financeiro, bem como o reconhecimento da legitimação formal da independência da monarquia portuguesa face à usurpação dos Habsburgos. Além disso têm sido salientados no seu governo importantes iniciativas e reformas ao nível da defesa e administração interna, tais como a criação do Conselho de Guerra, logo em 1640, da reforma do Conselho da Fazenda, em 1642 e da Junta dos Três Estados e do Conselho Ultramarino, em 1643, e da criação da Companhia da Junta do Comércio em 1649. Importa acrescentar ainda uma abundante legislação despachada do seu conselho no sentido de responder às carências do seu governo na Metrópole e no Ultramar. No curto espaço de 16 anos teve ainda o fundador da dinastia brigantina engenho e alma para revelar a sua apurada sensibilidade artística e cultural devido à sua natural e indesmentível dedicação pela literatura e gosto pela música. Está sepultado no Panteão dos Braganças do Mosteiro de S. Vicente de Fora em Lisboa.

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