sexta-feira, 16 de julho de 2010

798 anos da batalha de Navas de Tolosa

Disputada no dia 16 de Julho de 1212, é apontada como uma das mais decisivas batalhas da Reconquista cristã e há quem a considere como a batalha que consolidou o domínio dos cristãos sobre os sarracenos na Península Ibérica. É uma data comemorativa também para os portugueses, pois nesta batalha, declarada pelo Papa como uma Cruzada (que por isso contou com a acção das ordens militares) participou a maior parte das tropas portuguesas que D. Afonso II enviou em auxílio de Afonso VIII de Castela, o líder da aliança dos reinos cristãos, incluindo Navarra e Aragão, com a presença pessoal dos respectivos reis, Sancho VII e Pedro II. O rei de Leão, Afonso IX recusou-se a participar.


1864, óleo sobre tela de Francisco de Paula van Hallen.
Palácio do Senado, Madrid, Espanha
in http://www.arqnet.pt/portal/imagemsemanal/julho0503.html



O plano da batalha

(clique sobre a imagem para ampliar)
in http://warandgame.wordpress.com/2008/04/15/las-navas-de-tolosa/


A descrição da batalha

Nesta batalha os dois lados empenharam todo o seu poderio militar e o melhor de suas forças. Afonso foi o grande articulador da aliança vencedora e teve grande senso de oportunidade para escolher o momento da batalha, que preparou com quase dez anos de antecedência. Sabia que o vencedor desta batalha teria o destino selado.
A batalha foi antecedida por escaramuças e um jogo de estratégias por ambos os lados buscando a melhor posição e o melhor terreno para a luta. No final os árabes ficaram melhor posicionados por sobre uma colina enquanto os cristãos teriam que lutar "morro acima".
No combate, as forças de Castela, que eram o maior contingente, actuaram no centro, apoiadas nos flancos pelos dois outros reis cristãos, o de Navarra (Sancho) e o de Aragão (Pedro). A táctica de Afonso de Castela de fazer uma simulação de uma força de infantaria central fraca fez com que o adversário fosse pego numa armadilha no campo de batalha e o seu senso de oportunidade para utilizar a cavalaria pesada no tempo adequado em apoio à infantaria, muito elogiado pelo cronista da época, foi decisivo para a vitória dos cristãos.
O resultado desta batalha foi extraordinário para os vencedores. Afonso, sabedor por experiência de lutas anteriores que os derrotados se organizariam para novos embates, ordenou um massacre inclemente contra os muçulmanos que bateram em retirada desorganizada. A crónica chega a afirmar que foram mortos na fuga tantos muçulmanos quantos o foram durante a batalha.

in http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Navas_de_Tolosa

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