terça-feira, 6 de julho de 2010

Thomas More - Morte de um humanista, nascimento de um Santo


                     
Thomas More                                                                   Tower Hill

A 6 de Julho de 1535 Thomas More, homem de estado, diplomata, escritor advogado e homem de leis, foi executado por decapitação da Tower Hill, em Londres em resultado de ter sido condenado por traição num breve julgamento realizado por determinação do rei, Henrique VIII. Ocupou importantes cargos públicos, chegando a ser a primeira figura, durante séculos, a exercer as funções de Lord Chancellor (Chanceler do reino), tal era a confiança que o rei depositava nele. Também ficou conhecido pela publicação, em 1516, daquela que é considerada a sua mais famosa obra, a Utopia. Fervoroso católico e objector incondicional aos avanços de Henrique VIII contra a autoridade do papa Clemente VII em torno da questão da anulação do sacramento do casamento e a propósito da intenção daquele em obter o divórcio com Catarina de Aragão, Thomas More afastou-se do poder a 16 de Maio de 1532, sobrevivendo a muito custo num clima de desconfiança que sobre ele se abateu desde então. Em Novembro de 1534, More recusou-se a jurar o Acto de Supremacia criado pelo rei para se consagrar como chefe supremo da Igreja na Inglaterra e remeteu-se ao silêncio a respeito das razões dessa recusa, o que lhe valeu a condenação e o martírio. Pela sua trágica morte, rectidão e exemplo de vida cristã foi reconhecido como mártir, tendo sido declarado beato por decreto de 29 de Dezembro de 1886 assinado pelo Papa Leão XIII e a 9 de Maio de 1934 foi canonizado como santo da Igreja Católica pelo Papa Pio XI. É festejado a 22 de Junho.

Imagens:
http://www.tudorhistory.org/people/more/gallery.html
http://www.trasosmontes.com/forum/viewtopic.php?f=9&t=2736

2 comentários:

  1. Um homem excelente pela suas convicções e pela sua rectidão. ainda há pouco revi um filme sobre a vida dele "A man for all seasons", que apesar de algumas dramatizações inevitáveis no cinema, foi muito bem conseguido.
    Um abraço

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  2. Não há nada que lhe escape, Gio! Sou professor de História há mais de duas décadas e confesso que nunca vi o filme, a não ser aquela produção britânica, muito recente, sobre os Tudor e Henrique VIII. Obrigado pela dica.

    Um abraço

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